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08/03/2017 - 17h56min

Notícias sobre privatização da Casan surpreendem deputados

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FOTO: Solon Soares/Agência AL

Reportagens publicadas nos jornais “O Estado de São Paulo” e “Diário Catarinense” informando que a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) integra a agenda de privatizações do governo Michel Temer surpreenderam os deputados. “O presidente Temer incluiu a Casan em seu pacote de privatização, pegou nós de surpresa, mas não é o governo federal que vai dizer o que temos de fazer”, disparou Cesar Valduga (PCdoB) na abertura da sessão ordinária desta quarta-feira (8).

João Amin (PP) avaliou que o momento é de questionamentos e disse que pedirá informações ao governador. “A privatização não está anunciada pelo governo estadual”, pontuou o representante de Florianópolis, que ironizou as notícias. “O governo federal pode ter confundido o estado com o Rio Grande do Sul ou com o Rio de Janeiro, pode ter sido um erro da equipe do ministro Moreira Franco.”

Manoel Mota (PMDB) também criticou o anúncio. “A Casan enfrentou muita turbulência, esteve na beira do abismo,  diziam ‘vai quebrar’, teve uma época em que os municípios queriam virar Samae, mas agora a empresa tomou um outro caminho, começou a crescer, os municípios que saíram estão voltando”, argumentou Mota, que destacou investimentos de R$ 350 milhões para o saneamento na Capital.

Mota alertou que a privatização dificilmente será aprovada pelo Parlamento. “Tenho convicção de que nossa bancada será contra, Santa Catarina não precisa disso”, garantiu Mota, acrescentando, fiel ao seu estilo, “se eu estiver morto, ainda assim não votarei”. Valdir Cobalchini (PMDB) concordou com o colega. “É impossível, não podemos sequer imaginar que essa empresa seja privatizada”, garantiu o deputado.

Mário Marcondes (PSDB) observou que os investimentos programados pela empresa impressionam, mas cobrou obras em São José. “Eu quero saber da minha São José e do restante de Santa Catarina”, declarou o deputado, cobrando tratamento isonômico da Casan aos municípios.

Dia internacional da mulher
Fernando Coruja (PMDB) repercutiu na tribuna a passagem do dia internacional da mulher, celebrado nesta quarta-feira. “Um péssimo dia para lembrar das mulheres, um grupo minoritário do ponto de vista sociológico, em função de que na maioria dos países não há igualdade de gênero”, justificou o deputado, que elogiou as ações afirmativas que dão tratamento diferenciado à mulher.

Cesar Valduga afirmou que todos os dias são dias da mulher. “Desejamos à elas uma boa luta, são guerreiras que exercem muitas vezes dupla, tripla jornada de trabalho”, observou o representante de Chapecó. Para Darci de Matos (PSD),  o dia não é de comemoração. “As mulheres ganham 75% do salário dos homens, elas têm sido discriminadas sexualmente e sobretudo profissionalmente, mas estão demonstrando tanta ou mais competência que nós homens”, descreveu Darci.

Padre Pedro Baldissera (PT) lembrou que as mulheres, lideradas pelas senadoras e deputadas federais, estão em greve. “Precisamos nos engajar nesta luta, não podemos nos omitir no sentido de dizer não à violência, de combater a cultura do machismo que está presente na nossa sociedade, para que possamos trabalhar desde o berço esse processo de igualdade”, explicou o deputado, que condenou a reforma da previdência proposta pelo governo federal como uma “profunda violência” contra a mulher.

Serafim Venzon (PSDB) afirmou que há avanços em direção à igualdade de gênero. “Hoje temos um número maior de mulheres que homens nas universidades, é um avanço grande no sentido das mulheres poderem participar das ações e decisões, é um processo social que pouco a pouco vai melhorando”, observou Venzon, que sugeriu a valorização da mulher e da estrutura da família para criar uma sociedade mais justa.

Maurício Eskudlark (PR) criticou a violência sem controle que assalta as mulheres. “Tenho mais de 30 anos de segurança pública e quando via as estatísticas (de violência contra a mulher) acreditava que aqueles números não eram verdadeiros, mas este ano, em seis dias, foram três casos de homicídio de mulheres”, reconheceu o ex-chefe da Polícia Civil.

Gabriel Ribeiro (PSD) também homenageou as mulheres. “As belas mulheres que são dedicadas, que trabalham bastante, que são motivos de muito orgulho para todos nós, as pessoas que vêm para o nosso estado acabam se apaixonando pelas catarinenses e nós temos de defender o nosso patrimônio”, propôs o representante de Lages.

Já Valdir Cobalchini parabenizou as deputadas Ada de Luca (PMDB), Luciane Carminatti (PT), Ana Paula Lima (PT) e Dirce Heiderscheidt (PMDB), que não participaram da sessão. “Quero homenagear cada mulher catarinense e brasileira, elas trabalham 7,5 horas a mais que os homens, mas alcançam maior longevidade, isso é sinal de que o trabalho não faz mal para ninguém, o expediente da mulher começa mais cedo”, resumiu o parlamentar.

Patrício Destro (PSB) ponderou que o dia não é de celebração, mas de luta. “É um dia de todos trabalharmos juntos para tornar a vida das mulheres melhor, menos flores e mais respeito todos os dias, não é que elas não queiram ser mimadas, elas querem ser respeitadas”, frisou o deputado, que elogiou um vídeo produzido pela PMSC sobre a violência contra a mulher.

166 anos de Joinville
Darci de Matos lembrou na tribuna o aniversário de Joinville, comemorado nesta quinta-feira (9). “Amanhã a nossa Manchester catarinense completará 166 anos”, anunciou o deputado, completando que o município responde por 2,5% das exportações nacionais, 25% das exportações de Santa Catarina e tem um orçamento de R$ 2,5 bilhões. “Alemães associados a caboclos deu Joinville”, afirmou Darci.

Kennedy Nunes (PSD) homenageou a cidade dos príncipes de um modo diferente, lendo um texto anônimo e saudosista. “Sou do tempo em que a rua das Palmeiras era de calçamento, que a prefeitura era na Max Colin, quando o ônibus da Gideon era verde e amarelo, do tempo da HM, da Prosdócimo, d’A Barateira, da Centauro, da Campeã que produzia o uniforme do JEC; quando as compras eram no Odivan, do cego tocando defronte à CEF, do Laranjinha e da Rosinha do pé inchado, dos grande jogos de futebol de salão, dos shows no Ivan Rodrigues, da carne no Ataliba e da Fenachopp em outubro”, discursou Kennedy, anunciando em seguida que não desistiu do sonho de ser prefeito da cidade.

Vítor Santos
Agência AL

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