Familiares, colegas e amigos na homenagem a jornalistas da RBS, em Florianópolis
Com muita emoção os jornalistas André Podiacki, Djalma Araújo Neto, Bruno da Silva, Giovane Klein e Laion Espíndula, todos da RBS em Santa Catarina, mortos no trágico voo da LaMia, foram velados pelos familiares, colegas e amigos na manhã deste sábado (3), na Catedral Metropolitana, em Florianópolis. Dentro e fora da velha igreja lágrimas, abraços demorados, olhos e rostos vermelhos, todos procurando entender o que aconteceu, buscando no outro o alívio para a própria dor, tentando transformar tristeza em esperança.
“Agostinho ensinou que o coração do homem está sempre inquieto e somente encontra repouso no senhor”, lembrou dom Wilson Tandeu Jönck, que celebrou a missa de corpo presente. O arcebispo afirmou que o sentido da vida somente pode ser compreendido depois de descoberto o sentido da morte e destacou as manifestações do povo colombiano. “Há muita coisa na vida que só sai no momento de dor. Na hora do sofrimento o ser humano é capaz de criar as coisas mais belas”, afirmou o pregador.
As últimas homenagens
Os corpos dos jornalistas Djalma Araújo Neto e André Podiacki foram levados para serem velados em capelas do cemitério do Itacorubi, na Capital. André será sepultado no Itacorubi e Djalma será sepultado no cemitério de Canajurê, norte da Ilha de Santa Catarina; O corpo de Bruno da Silva seguiu para o estádio do Avante, em Palhoça e o sepultamento será no cemitério Bom Jesus de Nazaré, naquele município; O corpo de Geovane Klein seguiu para Pelotas (RS), onde será sepultado; e o de Laion Espíndula será sepultado no cemitério São José, em Passo de Areia (RS).
Chegada à Capital
Eram exatamente 9 horas deste sábado (3) quando os sinos da Catedral Metropolitana de Florianópolis anunciavam a chegada do cortejo fúnebre com os corpos dos cinco jornalistas vítimas do acidente com o voo da delegação da Chapecoense, na madrugada da última terça-feira, próximo a Medellín, na Colômbia. Os corpos foram trazidos para o Brasil na noite de sexta-feira (2), em um voo fretado, por volta das 22 horas, horário de Brasília. Depois de uma escala no Rio de Janeiro, chegaram a Florianópolis às 7 horas.
O jornalista Alisson Francisco, da RBS TV, falou da tristeza pela perda dos colegas do trabalho. “A história deles está feita. Tive o privilégio de conviver com todos. Tenho certeza de que estavam felizes por participar desse momento tão importante para o futebol de Santa Catarina. Cabe a nós agora seguir todos os exemplos deles.”
Ao final da cerimônia, o som das palmas de homenagens encheu a Catedral de Florianópolis no adeus aos cinco dos 20 jornalistas mortos na tragédia.
Texto Vítor Santos (Agência AL) e Rony Ramos (Rádio AL)