Fiesc estima crescimento econômico negativo em 2015
Um panorama nacional sobre as dificuldades da economia foi a pauta da reunião entre os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio (PSD), e da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco Côrte, na manhã desta terça-feira (3), na sede da instituição. De acordo com Côrte, entre os assuntos abordados durante a visita de cortesia foi possível concluir a necessidade de uma agenda convergente para promover o desenvolvimento e crescimento de Santa Catarina.
Em declaração, o presidente da Fiesc apontou que o Estado provavelmente terá um crescimento econômico negativo. "Por conta de uma demanda baixa, com um crédito caro ao consumidor, o aumento de tributos, entre outros fatores, será necessário fazer um grande esforço de otimização e eficiência tanto do setor privado como público, para neste ano de transição nos prepararmos para um ano melhor em 2016."
Na ocasião, Côrte ressaltou que a paralisação dos caminhoneiros em Santa Catarina aponta um cenário preocupante. O cálculo feito pela entidade, baseado no PIB industrial, estima que o o movimento acarretou um prejuízo entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões, em um período de apenas 15 dias. "A agroindústria é um dos principais motores econômicos do Estado, com uma participação de mais de 17% do valor da transformação industrial, e com um terço das exportações catarinenses. Com a paralisação, além de sofrer uma interrupção das atividades, corremos o risco de ter contratos de exportação suspensos", avalia.
Atento às demandas, Glauco Côrte assegura que após a retomada normal das operações, será necessário fazer um esforço muito grande para recuperar a normalidade o mais rápido possível. "Os efeitos desta paralisação serão sentidos ainda nos próximo meses, mas a indústria está pronta e preparada, junto com todo a mobilização do governo do Estado, para retornar ao seu desempenho."
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