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24/06/2013 - 14h12min

Zancan destaca necessidade de cultura térmica e política industrial para o carvão

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Seminário Carvão Mineral. Foto: Fábio Queiroz

O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, elencou entre as prioridades do setor a elaboração de um programa de modernização dos parques, a estruturação de uma política industrial e a criação de uma cultura térmica no país. A declaração foi dada na manhã de hoje (24), durante a palestra de abertura do Seminário “Panorama Energético e o Carvão Mineral”. O evento, promovido pelos parlamentos gaúcho e catarinense, está sendo realizado no Plenário Osni Régis do Palácio Barriga Verde.

Na opinião de Zancan, é necessário incluir definitivamente o carvão mineral na matriz energética brasileira. “Nosso setor está apto a ajudar o Brasil a ter um crescimento econômico sustentável, com energia firme, gerando emprego e renda. Para isso, são necessários novos projetos e investimentos. O carvão é o combustível que representa a maior fonte energética brasileira e tem condições de alavancar a segurança energética”, ressaltou. Hoje, a participação do minério na matriz energética brasileira representa 1,4%.

Conforme o engenheiro, uma das principais demandas do setor é avançar em termos de pesquisas geológicas. Estima-se que as reservas nacionais alcancem mais de 32 bilhões de toneladas do minério. “Passamos 25 anos sem fazer pesquisa. Devemos ter, seguramente, muito mais carvão do que é conhecido hoje”.

O presidente da ABCM defendeu, ainda, que o carvão tenha condições de igualdade em relação às outras fontes de energia. “Para que o preço do carvão seja competitivo, precisamos de isonomia. Não estamos pedindo benefícios. Por exemplo: o empréstimo junto ao BNDES é mais caro para o carvão do que para as hidráulicas”, destacou.

O carvão como fonte de produção de energia elétrica é, para Zancan, uma questão de segurança energética. “Não há razão técnica que justifique deixar o carvão debaixo da terra. Não podemos ficar vulneráveis ao humor de São Pedro. Essa discussão dicotômica entre mais reservatórios versus térmicas é inócua e prejudicial ao país. Não podemos abrir mão de nenhuma fonte para geração de energia elétrica”, disse, referindo-se à perda de capacidade de armazenagem de água nos reservatórios.

De acordo com o dirigente, não existe geração de energia sem impactos no meio ambiente. “A solução para este problema é fazer mais com menos impactos. Mesmo que tenhamos, em 2035, 14 GW de carvão, ainda assim teremos uma matriz com 80% de renovável e as emissões de energia elétrica serão somente 3,77 % do total, algo invejável no mundo. Seria uma das matrizes mais limpas do planeta”.

Convite
Em seu pronunciamento, Zancan destacou a realização do IV Congresso Brasileiro de Carvão Mineral (CBCM), de 22 a 24 de agosto, em Gramado (RS). O evento vai reunir os maiores especialistas no tema do Brasil.

Programação
Confira a programação completa do seminário, que continua no período da tarde, em www.alesc.sc.gov.br/portal/imagem/seminario-carvao-prog.jpg.(

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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