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01/08/2016 - 17h42min

Disciplina e dedicação levam bailarina do Rio Vermelho para o Bolshoi

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Shirley Dácio
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Seria uma menina de 16 anos igual milhares de outras não fosse o sonho de ser bailarina e a vontade e disciplina férreas com que se jogou na concretização do sonho. Nem a dor, companheira inseparável dos bailarinos profissionais, parou Shirley Dácio.
“Ela ensina todos nós, é tão regrada, tem horário para estudar, para tudo, ela mesmo estabeleceu, tem muita força de vontade e disciplina”, contou Shirleano Dácio, pai de Shirley, a bailarina que mora no Rio Vermelho, norte da Ilha de Santa Catarina, e que foi aprovada, com outros sete bailarinos sul-americanos, para o curso de dança clássica da Escola de Teatro Bolshoi, de Joinville.

“Ela começará o curso só em fevereiro de 2017, até lá vai terminar o terceirão no Instituto Estadual de Educação (IEE) e manter a rotina de aulas diárias na escola de dança”, afirmou Eliane Martins Vitoriano, mãe de Shirley, agora mais preocupada em encontrar um local para a filha morar em Joinville. “Estamos procurando uma família que queira abrigar nossa filha”, revelou Eliane, acrescentando que o filho, Junior (19), já reviu os planos e pretende cursar engenharia no norte do estado. “Para acompanhar a irmã”, justificou Eliane.

Shirley soube que tinha sido aprovada no carro, no vai e vem frenético da BR-101, quando a família retornava de Joinville para Florianópolis, poucas horas depois da audição (teste). “Primeiro não acreditei, depois comecei a ficar preocupada em deixar minha família e amigos, mas será uma grande oportunidade. Estou muito feliz, vou realizar meu sonho”, declarou a bailarina, que admitiu, mas minimizou o convívio diário com a dor. “Apesar da dor, não desisto, continuo dançando”, brincou Shirley.

Da escolinha à escola de dança
A música faz parte da rotina da família Dácio. “Gostamos de música, sou músico, Shirley encontrou a música na família, mas é a mãe que gosta de dançar”, informou Shirleano. Segundo Eliane, a dança entrou na vida da filha ainda na escolinha, aos seis anos. “Tinha dança no contraturno”, contou Eliane. O passo decisivo, Shirley deu em 2010, quando se matriculou no IEE. Lá a futura bailarina encontrou novamente a dança.

Em 2014 foi convidada para dançar na Cenarium Escola de Dança, localizada no Itacorubi. “Ela ganhou uma bolsa”, contou a mãe. Aline Menezes, proprietária e diretora da escola, destacou a dedicação da bailarina. “É uma rotina pesada”, avaliou Aline, referindo-se ao esforço físico e mental exigidos na dança, assim como o deslocamento diário de Shirley, desde o Rio Vermelho até o bairro Itacorubi, para frequentar as aulas.

Para a diretora da Cenarium, Shirley levou vantagem sobre os outros concorrentes, em parte porque a escola usa o método de ensino Vaganova, também adotado pela Escola de Teatro Bolshoi. “Não é fácil manter uma escola de dança clássica. Hoje tenho cinco professores, todos formados no Bolshoi, mas já tive apenas um professor”, descreveu Aline.

Físico privilegiado
Rodrigo Nunes, um dos professores de dança de Shirley, garantiu à reportagem da Agência AL  que além do talento, a menina tem um físico privilegiado. “A parte física é notória, é uma coisa que veio com ela, nosso trabalho foi moldá-la para o Bolshoi. Ela é alta, tem quadril adequado, pernas, pés e dedos das mãos longos, isso vai facilitar sempre”, observou o professor, que sugeriu à aluna aproveitar “cada segundo” os professores e a estrutura do teatro Bolshoi. “Foca e vai”, recomendou Nunes.

Vítor Santos
Agência AL

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