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30/11/2017 - 11h33min

Vice-presidente fala em maior parceria entre Correios e órgãos públicos

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José Furian Filho, vice-presidente de negócios públicos dos Correios

Durante suspensão da sessão plenária desta quinta-feira (30), José Furian Filho, vice-presidente de negócios públicos, atendendo a um pedido da deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), teve espaço na tribuna para falar sobre os trabalhos desenvolvidos pelos Correios. Furian afirmou que a empresa, segundo ele a única presente nos mais de 5.570 municípios do país, pode ser uma grande parceira dos órgãos públicos.

Santa Catarina conta com 493 agências espalhadas pelo interior do estado e 19 na capital, atendendo mais de 12 milhões de usuários por mês. Alguns serviços públicos, como a retirada de CPFs, já estão sendo feitos pela instituição. 

“Nós viemos com outro viés, que é mostrar a nova cara do correio brasileiro, que passa agora por um processo de reestruturação, tendo agora uma nova área que tem por objetivo atender a administração pública. A nossa vinda é pra dizer que queremos a parceria e precisamos dessa parceria com os órgãos públicos. Queremos ser reconhecidos como provedora preferencial de soluções para a administração pública, podendo ser parceiros em várias frentes”, afirmou Furian.

Além das atividades de entrega já conhecidas, o vice-presidente chamou a atenção para os demais serviços que a empresa presta, como consultas e pesquisas públicas, recebimento e processamento de cadastros, orçamento participativo, entre outros. Furian ainda lembrou sobre a mega-operação prestada pelos correios na realização dos Jogos Olímpicos 2016, onde a empresa fez um trabalho de logística reconhecido como uma das melhores operações dos jogos. “Queremos demonstrar que o nosso trabalho vai muito além da entrega de cartas. Sendo uma empresa de governo que pode apoiar iniciativas do próprio governo.”

O vice-presidente ainda falou que, apesar de ser pública, a empresa é uma grande incentivadora da iniciativa privada por conta da chegada do E-commerce. Para o deputado Nilson Berlanda (PR), os Correios precisam olhar mais para o lado do empresário e rever os custos de frete. “Venho da iniciativa privada e o correio vai ter que se reinventar. A mídia eletrônica substituiu muitas ações dos correios e infelizmente ainda vejo um custo muito elevado do frete. Percebo que existem outras transportadoras fazendo algo melhor com grande competência. Então acredito que os correios estejam preocupados e devam se adequar”.

Em setembro deste ano, o governo federal sinalizou a possibilidade de privatização dos Correios. Para o deputado Cesar Valduga (PCdoB), a empresa deve buscar valorizar mais os trabalhadores e seguir na esfera pública. Valduga ainda questionou a existência de oito vice-presidentes na instituição e falou em maior investimento em tecnologia. “Esses recursos que os correios recebem da sua produção acabam indo para o governo federal e são distribuídos via outros mistérios, onde que poderiam ser investidos para pagar melhor os trabalhadores e equipar melhor as agências. Não podemos permitir o sucateamento dos correios para justificar sua privatização”.

Com a colaboração de Carolina Lopes/Agência AL

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