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18/06/2013 - 13h13min

Vale do Araranguá reivindica melhorias na saúde pública para os idosos

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Público acompanha audiência pública realizada na Câmara de Araranguá. FOTO: Lucas Gabriel Diniz/Agência AL

A insuficiência na oferta de especialidades médicas, sobretudo em geriatria, foi apontada como um dos principais problemas para a constituição de uma rede de proteção ao idoso na região do Vale do Araranguá, que congrega 15 municípios. O fato foi destacado na tarde de segunda-feira (17), em audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa, por meio do Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa. No evento, lideranças políticas e representantes de entidades sociais defenderam a criação de incentivos para que mais profissionais de saúde se instalem no interior do estado.

Realizado na Câmara de Vereadores de Araranguá, o encontro faz parte de um ciclo de audiências públicas que percorre o estado para levantar a real situação do atendimento prestado à população da terceira idade. A iniciativa, afirmou a coordenadora do Fórum, deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), justifica-se em razão do crescente aumento no número de idosos entre a população, que já são 656 mil em Santa Catarina. “Precisamos estar preparados para atender a estas pessoas, que serão cada vez mais ativas e participativas e exigirão políticas públicas que lhes garantam melhor qualidade de vida", disse.

A intenção, disse ainda a parlamentar, é entregar o documento ao governador do Estado no dia 16 de setembro, quando será realizada, em Florianópolis, nova reunião debater o tema. "Vamos entregar este documento ao governador e ao secretário estadual de Assistência Social para que sirva de subsídio à criação e aperfeiçoamento de políticas públicas que permitam um envelhecimento ativo e digno dos nossos cidadãos".

Dificuldades em atrair profissionais
Em Araranguá, a população acima de 60 anos conta com um centro de convivência, onde são oferecidas atividades físicas e socioeducativas durante todos os dias da semana. Aproximadamente 300 pessoas participam das aulas de fisioterapia, ginástica, informática, canto e dança.

A boa procura do serviço mantido pela prefeitura, afirmou o secretário de Assistência Social e Habitação do município, Eduardo Merêncio, já desperta o interesse na construção de uma nova sede mais ampla, com 1,7 mil metros quadrados em uma região mais central. Outra medida que deve ser tomada em breve, ressaltou, é a reativação do Conselho Municipal do Idoso. "Estamos reativando a entidade, que já existe na lei, mas que ainda não havia entrado em atividade. A intenção é que ele nos auxilie na elaboração de políticas públicas".

Apesar das iniciativas tomadas, a rede de assistência que deveria garantir proteção integral aos idosos, conforme preconiza a legislação federal, ainda está longe de ser implantada em sua integralidade no Sul do estado, afirmou a secretária de Saúde de Jacinto Machado, Ana Back. Um dos maiores entraves, disse, é deficiência na oferta de serviços de saúde especializados no atendimento à terceira idade. "O hospital filantrópico São Roque, até tem uma boa estrutura, mas não dispõe de especialistas em certas áreas. Em geriatria, temos apenas um profissional, que nem reside no município e presta atendimento à população apenas um dia por semana".

O hospital regional de Araranguá, alertou a secretária, também não dispõe de profissionais suficientes para atender a demanda da região, fazendo com que os idosos tenham que se deslocar até Florianópolis em busca de tratamento, em um percurso de 250 quilômetros. "Cerca de 15 pessoas, todos os dias, precisam sair daqui às 3 da manhã para chegar à Capital à tempo de realizar suas consultas. Apelo para que o governador incentive a vinda de mais médicos para os municípios do interior. Além de mais humano, o processo de cura é mais eficiente quando feito perto da família", ressaltou.

Solução pode estar próxima
O presidente da Câmara deVvereadores de Araranguá, Ozair da Silva, espera que a situação comece a mudar já a partir de 2016, ano em que está prevista a implantação no município de um campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). "Em três anos teremos a instalação de um curso de Medicina na cidade. A formação de mais profissionais certamente vai favorecer a melhoria dos serviços em saúde na região", disse.

Ele defendeu ainda a vinda de médicos estrangeiros para suprir a demanda por especialistas no interior. "Muitos criticam possibilidade de atrair médicos. Os melhores países do mundo têm a prática de importar mão de obra e isso deve ser seguido aqui também".

Participaram da reunião a secretária de Desenvolvimento Social do município de Jacinto Machado, Zete Possamai Della; a coordenadora do Centro Integrado de Atividade Recreativa de Araranguá, (Cearte), Arlete Salomé Cristiano; a presidente do Conselho Administrativo do Cearte; Arlete Salomé Cristiano, o membro da Comissão de Assistência Social da OAB-SC, Hélio Abreu.

Alexandre Back
Agência AL

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