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23/08/2018 - 06h16min

Vacinação ainda é o único meio de se evitar a raiva em cães e gatos

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Yorkshire Billy já está protegido

Agosto é conhecido em todo o Brasil como o “mês do cachorro louco”. Há pelo menos duas versões para esse apelido: uma diz respeito à má fama de agosto (“o mês do desgosto”), devido episódios trágicos registrados no mês; a outra aponta para um aumento do número de cadelas no cio devido a condições climáticas, o que deixaria os cães machos mais agressivos.

Independente da versão, agosto é importante para manter em evidência o combate a uma doença que está controlada, mas não erradicada, e que pode levar a morte cães, gatos e o homem: a raiva.

O médico veterinário Luciano Granemann e Silva, sócio-proprietário de uma clínica e hospital veterinário em Florianópolis, explica que a raiva é uma doença causada por um vírus que afeta mamíferos e é transmitida por meio da saliva do animal contaminado.

“É uma doença que nos humanos é muito grave, tem um tratamento complicado, que deixa sequela. Nos cães e gatos, ela é fatal. Infelizmente, no caso dos animais diagnosticados com raiva, não tem o fazer: é eutanásia. É desautorizado fazer qualquer tipo de tratamento”, afirma.

Por isso, a única forma de prevenção à raiva ainda é a vacina, que deve ser aplicada em cães e gatos uma vez por ano, assim que o animal completar 12 semanas de vida. A imunização não deve ser feita em animais que estiverem prenhes ou muito debilitados por doenças graves.

“A vacina é super bem tolerada acima de 12 semanas de vida. Ela deve ser aplicada uma vez por ano. Em pouquíssimos casos, o animal pode ter febre e dor no local, mas a vacina é bem segura”, comentou.

No Brasil, as campanhas de vacinação contra a raiva no mês de agosto começaram há 50 anos. Atualmente, algumas prefeituras ainda fazem a imunização gratuita, mas em Florianópolis a vacinação é de responsabilidade do tutor do animal e deve ser feita nas clínicas veterinárias, onde a dose pode ser encontrada por preços que variam de R$ 25 a R$ 85.

A empresária Sharom Boehme levou o yorkshire Billy, 14 anos, para tomar vacina nesta semana. Ela sabe sobre os perigos da doença e é alertada periodicamente pela clínica do veterinário Luciano Granemann sobre o período da aplicação da dose antirrábica e das vacinas contra outras doenças. “O Billy é um membro da família. Os cuidados que tenho comigo, tenho com ele”, diz.

Sintomas
Conforme o veterinário, em animais contaminados com o vírus da raiva, os principais sintomas são mudanças no comportamento, alterações digestivas e salivação.

“Se o animal estiver agitado, se for um animal que era dócil e ficou agressivo, e o dono suspeitar de algo porque ele não foi vacinado ou porque teve caso de raiva perto da residência, o dono deve confiná-lo e avisar o centro de controle de zoonoses, vigilância sanitária ou mesmo os bombeiros”, orienta Silva.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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