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12/09/2014 - 13h28min

Treinamento de cães farejadores da PMSC é referência no país

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FOTOS: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

Quando a Polícia Militar chega para uma batida antidroga com o reforço dos cães farejadores uma coisa é certa: se tem droga na casa, vai ser encontrada. A afirmação é do sub-tenente da PM, João Carlos da Silveira, que desde 1998 atua no treinamento dos cães para o faro de drogas, da corporação catarinense, que se tornou referência em todo Brasil. “As técnicas utilizadas aqui são as mesmas utilizadas em todo Brasil”, observa o policial.

Para que os cães possam trabalhar nas operações, um série de treinamentos faz parte da rotina, através do método motivacional. “Utilizamos o instinto de caça do cão ao cheiro que a gente quer, no caso o cheiro das drogas”, explica Silveira. Os tóxicos são colocados dentro do brinquedo do cão. Quando ele acha o entorpecente, logo em seguida é recompensado com o seu brinquedo.

O treinamento envolve um ano e meio de exercícios. O faro de drogas, por sua vez, envolve de três a seis meses. “O cão consegue assimilar até sete cheiros diferentes no mesmo objeto. Utilizamos os derivados da coca e da maconha”, diz o policial, que garante: os cães não são viciados, conforme acredita muita gente.

Entre as principais vantagens estão o tempo de busca reduzido e a alta sensibilidade dos animais em relação aos humanos. “Eles levam de 15 a 20 minutos para fazer uma busca que poderia levar muito mais tempo”, resume. Hoje, cerca de 20 animais são utilizados no faro de drogas, a maioria das raças labrador e pastor belga de malinois.

Buscas simuladas
No campo de treinamento há uma cozinha montada, com eletrodomésticos e outros móveis comuns nas residências, onde os cães são estimulados a encontrarem a droga. Exercícios em áreas abertas ainda são realizados, onde o entorpecente é enterrado.

Entre as buscas mais comuns estão as realizadas em veículos parados pela Polícia Rodoviária Federal, que chama a guarnição da PM e seus ajudantes quando a situação é suspeita. Um caso de apreensão ocorrido em 2005 ainda é lembrado pelos policiais, quando um cão localizou 200 quilos de maconha num único carro – painel, parachoques e banco traseiro foram utilizados.

Além de ser um trabalho importante desenvolvido pela Polícia Militar, os policiais destacam a relação de carinho com os 31 cachorros do canil central da PM. “Todos que trabalham no canil estão aqui porque gostam de animais. Criamos um vínculo muito forte de amizade com eles”, afirma o sub-tenente João Carlos Silveira.

Rony Ramos
Rádio AL

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