TRE-SC desenvolve nova tecnologia para transmissão de dados

Samuel Fernandes, Coordenador de Solucoes Corporativas e Paulo Dionisio, Coordenador Eleitoral do TRE

O Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) vai utilizar nas eleições municipais suplementares de 3 de março uma nova tecnologia, desenvolvida por servidores do órgão, para a transmissão de dados. Trata-se de um aplicativo que permitirá a transmissão dos resultados das urnas por meio da rede de telefonia celular. O objetivo é agilizar a apuração dos votos.

As eleições suplementares serão realizadas em quatro municípios catarinenses: Balneário Rincão e Criciúma, no Sul do estado; Campo Erê, no Extremo Oeste; e Tangará, no Meio-Oeste. Nessas cidades, os candidatos vencedores do pleito de outubro de 2012 tiveram seus registros indeferidos pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. Com isso, as eleições foram anuladas e convocadas para 3 de março.

A nova tecnologia será utilizada apenas em um local de votação, o Colégio São Bento, no centro de Criciúma, onde há 16 seções eleitorais. Encerrado o horário de votação e emitidos os boletins de urna (BU) com os resultados de cada seção, um dispositivo chamado memória de resultado - uma espécie de pen drive – será acoplado a um telefone celular por meio de entrada do tipo USB. Um aplicativo do telefone, desenvolvido na plataforma Android por servidores do TRE-SC, vai transmitir os resultados de cada urna pela rede 3G para a sede do tribunal em Florianópolis.

“Trata-se de um projeto-piloto em todo o Brasil, que pretende agilizar a apuração dos resultados das eleições”, afirma Samuel Fernandes, coordenador de Soluções Corporativas do TRE. Segundo ele, se a rede 3G não estiver disponível, a transmissão pode ser feita pela rede 2G. Nesse caso, o envio dos dados será mais lento.

Segurança
Fernandes explicou que a tecnologia desenvolvida pelo tribunal é segura, pois utiliza o protocolo HTTPS, o mesmo usado pelas empresas de comércio eletrônico e pelos sites das instituições bancárias. Para testar possíveis falhas do sistema, um simulado será realizado na próxima semana.

Com base na experiência da eleição de 3 de março, o coordenador eleitoral do TRE-SC, Paulo Dionísio, explica que o tribunal vai avaliar a viabilidade da nova tecnologia para decidir se ela será ampliada nos próximos pleitos. “Temos que analisar a viabilidade econômica e técnica desse sistema e saber se ela realmente vai alcançar o objetivo de agilizar a apuração”, comenta.

Pontos de transmissão
Além do uso do celular, o tribunal catarinense fará outra experiência na eleição de março. Trata-se da instalação dos pontos de transmissão em cinco dos seis locais de votação do município de Balneário Rincão. Esses pontos terão um notebook acoplado a uma rede telefônica, pelo qual serão transmitidos os resultados das urnas. O objetivo também é acelerar a totalização dos votos.