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22/05/2014 - 16h25min

Tratamento precoce de autistas é determinante na qualidade de vida, aponta seminário

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Enquanto 90% dos brasileiros que têm o Transtorno do Espectro Autista ainda não receberam o diagnóstico clínico, profissionais de diversas áreas buscam conhecimento especializado para atender com qualidade os meninos e meninas autistas que vêm sendo inseridos nas escolas e na sociedade.

Para suprir esta falta de conhecimentos, a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, promove neste ano uma série de seminários descentralizados de Estudo e Conscientização sobre Autismo. Nesta quinta-feira (22), Joinville recebeu o evento.

Além do diagnóstico precoce, o tratamento da criança autista deve ser iniciado entre 1,5 e 3 anos de idade, conforme enfatizou a psicóloga e doutoranda em comportamento, Meca Andrade. "Muita gente só fala em diagnóstico e não do tratamento. Sozinho, o diagnóstico não serve para nada", observou a especialista.

Meca falou aos profissionais presentes sobre a caracterização do transtorno e as intervenções nas pessoas com autismo. "Há pouca gente trabalhando com enfoques específicos. Trata-se o paciente com um pouco de tudo, nos mesmos níveis. Mas é preciso conhecer e tratar as especificidades de cada autista".

Dados da Organização das Nações Unidas e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC/EUA) indicam que uma em cada 68 crianças nascem com transtorno do espectro autista. Estima-se que no mundo haja pelo menos 70 milhões de autistas. No Brasil, seriam 2 milhões.

Joinville na vanguarda
A falta de tratamento adequado é uma característica de Santa Catarina e do país. Muitos pais de autistas tiveram de unir forças na luta pelo atendimento de seus filhos, como Gerson José de Borba, que há 26 anos fundava a Associação dos Amigos dos Autistas de Joinville (AMA).

"Eu e outros três pais nos juntamos e fundamos a associação", lembrou Borba. Hoje, a AMA atende 105 alunos autistas. "Outros 70 aguardam na fila para receberem atendimento", destacou.

Entre as principais conquistas dos autistas catarinenses é a Lei 16.036, aprovada em 2013. Pelo texto, as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista são consideradas com deficiência para todos os efeitos legais. Diversos direitos são assegurados através da lei.

O deputado Darci de Matos (PSD) participou da abertura do evento e destacou a atuação do Parlamento na construção de políticas públicas em favor dos autistas. "Há um esforço para incluir as AMAs no Fundo Social para receberem recursos fixos do orçamento estadual", afirmou Matos.

Seminários em todo estado
A série de seminários sobre o transtorno do espectro autista em todas as regiões do estado visa principalmente a informação da sociedade sobre a síndrome e a capacitação dos profissionais que atendem as crianças, jovens e adultos diagnosticados. 

Os eventos são promovidos pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e apoio da Associação Catarinense do Autismo (ASCA) e Associações de Pais e Amigos dos Autistas (AMAs).

O seminário ainda será realizado, a partir de outubro, em Balneário Camboriú, Araranguá, Blumenau, Jaraguá do Sul e Fraiburgo. Para saber mais sobre o autismo, clique aqui.

Rony Ramos
Rádio AL

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