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09/02/2017 - 11h50min

Transferência de carga na ponte Hercílio Luz inicia na noite deste sábado (11)

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Cabeceira insular da ponte Hercílio Luz

Se as condições climáticas permanecerem favoráveis, ou seja, com ventos abaixo dos 60 km por hora, terá início na noite deste sábado (11) a transferência de carga da ponte Hercílio Luz para os seus suportes provisórios. Esta é considerada a etapa mais delicada no processo de restauração da estrutura, construída há 90 anos para ligar a Ilha de Santa Catarina e o continente.
A operação, que deve se estender pela madrugada de domingo, foi apresentada na manhã desta quinta-feira (9) pelo governador Raimundo Colombo, no canteiro de obras do Deinfra, localizado na cabeceira insular da ponte, em companhia dos representantes dos órgãos públicos e da equipe técnica envolvidos na obra.
De acordo com o planejamento apresentado, inicialmente serão transferidos 20% da carga da ponte, por meio de um deslocamento de 10 centímetros da pista de rolagem, viabilizados por 54 pontos de elevação.
A transferência de carga é considerada essencial para a recuperação do vão central, sustentado pelas barras de olhais. Nesta próxima fase, serão construídas 26 torres (com peso total de 440 toneladas) que irão sustentar as barras para o trabalho de restauração propriamente dito. Esse peso extra das torres não pode ser colocado no vão central nas atuais condições. Por isso, é necessária a aproximação em 10 centímetros entre a ponte e a estrutura provisória (uma aproximação que vai transferir um peso de 880 toneladas da estrutura da ponte para a estrutura provisória).
A aproximação total entre a Hercílio Luz e a estrutura provisória, com transferência de 100% da carga, exigirá um deslocamento de 50 centímetros. Os 80% restantes, 40 centímetros, serão transferidos no segundo semestre.

Risco de desabamento
Em entrevista coletiva à imprensa, o engenheiro fiscal da obra, Wenceslau Diotallévy, destacou que, visando a segurança da população, entre às 22h de sábado e às 7h de domingo, será proibido o trânsito de qualquer tipo de veículo e/ou de pedestres abaixo da ponte, tanto na área insular como continental. Os cuidados envolverão, inclusive, a área marítima, com a proibição da passagem de barcos por baixo da estrutura.
Tendo em vista que há o risco de algo fugir ao planejamento e a sustentação metálica entrar em colapso, também foi elaborado um plano de prevenção e socorro, acrescentou o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli.
Entre as medidas anunciadas estão o realocação para hotéis de 14 famílias que residem nas imediações, a colocação de mergulhadores no canal para eventuais resgates, e a disponibilização de profissionais e unidades de saúde para o atendimento a eventuais feridos. “Já temos tudo o que é preciso caso a situação passe de um cenário de normalidade para de emergência”, frisou.

Reabertura ao trânsito
A previsão do governo é que a ponte, que está fechada ao tráfego há 26 anos, esteja totalmente recuperada em meados de 2018, contribuindo para desafogar o trânsito nas vias de acesso a ilha. “Esta é uma obra fundamental, sobretudo para a população, que sofre todos os dias nas condições desfavoráveis do trânsito. Consideramos que a única solução para isto, a curto e médio prazo, é recuperar a Hercílio Luz e, acredito, já avançamos muito neste aspecto.”
A recuperação da ponte Hercílio Luz, que já foi alvo de críticas por conta do seu custo, foi defendida pelo secretário de Estado da Infraestrutura, Luiz Fernando Vampiro. “Em meio a diversos projetos apresentados para uma nova ligação ilha-continente, como uma nova ponte ou um túnel abaixo do canal, que poderiam chegar a valores próximos de R$ 1 bilhão, o governo avaliou que este é o mais viável financeiramente e o que trará resultados mais rápidos para a população, podendo absorver entre 25% e 30% do fluxo hoje suportado pelas outras pontes”, disse.

 

Alexandre Back
Agência AL

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