Subcomissão da Saúde da Mulher é instalada na Assembleia
A Comissão de Saúde reuniu-se na manhã desta quarta-feira (28) com representantes do governo, de entidades de defesa dos direitos da mulher, da OAB e de movimentos sociais, para a instalação da Subcomissão da Saúde da Mulher. Esta é a sexta subcomissão instalada no Parlamento catarinense e pretende tratar de forma específica os assuntos relacionados ao tema.
Para o deputado Volnei Morastoni (PT), presidente da comissão, a instalação das subcomissões é importante pois permite dividir a responsabilidade no encaminhamento dos debates e nas tarefas, agilizando a formulação de propostas específicas que tratem dos temas a que elas se referem. "Nesse caso, a partir de um estudo mais aprofundado, teremos um diagnóstico da situação da saúde da mulher", exemplificou o deputado na abertura da reunião.
Uma das idealizadoras da subcomissão, Schirlei Azevedo, da coordenação do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Urbanas de Santa Catarina (MMTU), afirmou que a intenção é discutir junto a Comissão de Saúde três pontos principais: a implementação da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher no estado; a questão da quantidade expressiva de mulheres afastadas do trabalho por motivo de doença e o levantamento e disponibilização dos dados referentes a saúde da mulher em Santa Catarina. "Queremos abrir esse diálogo com o executivo e o legislativo para ver de que forma podemos avançar em relação a saúde da mulher no nosso estado", explicou Schirlei, que foi eleita para coordenar os trabalhos da subcomissão.
Durante a instalação, ela leu um documento de orientação dos trabalhos no qual propôs a realização de um seminário específico sobre o tema que pudesse congregar todas as entidades presentes. Além dessa proposição também foi encaminhada a proposta de um pedido de informações à Secretaria de Saúde para que disponibilize dados sobre a saúde e a violência contra a mulher.
Outros encaminhamentos como o esclarecimento sobre a disponibilização de medicamentos para mulheres com o vírus HIV, a vacina contra o HPV para adolescentes, a questão dos partos humanizados e do câncer de mama e ginecológico também foram propostos pelos participantes da reunião e incluídos no pedido de informações ao governo. "É necessário que tenhamos respostas mais urgentes e efetivas para a construção de uma política mais digna em relação a saúde da mulher", defendeu Jane Maria Gizzo Schmidt, da Coordenadoria Estadual da Mulher.
Zuleika Lenzi, presidente do Instituto Catarinense de Estudos Sociais, Políticos e Econômicos (Icespe), concordou com Jane, lembrando que o estado tem uma população feminina maior que a masculina. "Os dados são a base para o planejamento e a elaboração de políticas públicas", afirmou.
O deputado José Milton Scheffer (PP) colaborou com a proposta sugerindo incluir no pedido de informação quais os valores das remunerações no Sistema de Saúde que estão sendo repassados. "Precisamos também levantar junto ao Ministério da Saúde as prioridades da saúde pública em relação às mulheres. Precisamos de subsídios para que a comissão possa propor e cobrar ações mais efetivas", ponderou o deputado.
Agência AL