Sopelsa é reconhecido por participação na certificação de SC como livre de aftosa
A importância estratégica da produção de alimentos para o posicionamento do Brasil no cenário global, e a inserção do agronegócio catarinense neste contexto tem a ver com a condição sanitária obtida a partir da certificação do estado como área livre de febre aftosa sem a vacinação de rebanhos, conquistada há 15 anos. Esse diferencial justificou a homenagem prestada ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Moacir Sopelsa (MDB), pelo Sindicato da Indústria da Carne e Derivados (Sindicarne), durante a sessão especial desta quarta-feira (25), à noite, quando foi celebrada a certificação conferida a Santa Catarina em 2007 pela Organização Mundial de Saúde Animal.
O executivo da área de Agro e Sustentabilidade da JBS / Seara, José Antonio Ribas Júnior, prestou homenagem pela participação de Sopelsa como secretário estadual de Agricultura no processo que resultou na certificação catarinense, o que permitiu a condição de área diferenciada, única no Brasil apta, até o ano passado, na exportação de carne para países com rígidos protocolos de exigência sanitária, como Japão, Estados Unidos e membros da União Europeia. Ribas entregou, ao final de sua fala, em nome dos homenageados na sessão especial, um diploma de reconhecimento em nome do Sindicarne e da Associação da Indústria da Carne e Derivados (Aincadesc). "Recebo com muita alegria esse reconhecimento", disse o presidente da Alesc em agradecimento.
Ribas Júnior lembrou que, na recente Conferência do Clima / COP-26, a produção de alimentos foi tratada como questão de segurança global e o Brasil apontado como protagonista em função do potencial de seu agronegócio. Um diferencial é justamente o status sanitário, por ser um país grande produtor agrícola livre das principais doenças de notificação obrigatória. "Santa Catarina tem destaque neste cenário pela história que foi construída, de forma conjunta, a várias mãos, pela iniciativa privada e agentes públicos, com o trabalho harmônico do Ministério da Agricultura, de nossa Secretaria da Agricultura, Cidasc e Icasa (Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária), a participação importante do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), enfim, de todos os envolvidos". Em sua fala ele destacou que ainda existem muitos mercados a conquistar, como na China, onde há 300 milhões de potenciais consumidores, o equivalente a mais do que o dobro da atual capacidade de exportação do país.