Sinal analógico na GFpolis acaba em janeiro; kits serão distribuídos em outubro
O sinal analógico de televisão será desligado em 31 de janeiro de 2018 em Florianópolis, Biguaçu, São José, Palhoça e Paulo Lopes. A partir desta data apenas televisores com recepção digital ou aparelhos conectados a conversores transmitirão o sinal das redes de televisão abertas.
“A distribuição dos 43,5 mil kits de conversão para os beneficiários de programas sociais começará em meados de outubro”, informou Patrícia Abreu, diretora da Seja Digital, empresa que coordena a transição do sinal televisivo no país. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (22), em evento promovido pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), em Florianópolis.
De acordo com Patrícia, os pontos de retiradas dos kits ainda não foram definidos. “Mas já estamos prontos para informar e tirar as dúvidas da população, temos o telefone 147, com atendimento gratuito 24 horas, ou através do site www.sejadigital.com.br”, afirmou a diretora, acrescentando que as ações de mídia focarão cerca de 170 mil domicílios, 26% do total dos cinco municípios. “São pessoas das classes C2, D e E que dependem do sinal analógico e têm dificuldades em função da condição socioeconômica”, explicou.
Campanha agressiva
Além de avisos com legendas na tela do televisor, as redes de televisão, rádios, jornais e sítios da internet exibirão peças publicitárias sobre a transição do sinal. “As publicidades obrigatórias já começaram”, declarou André Dias, diretor da Rede Globo, explicando em seguida que haverá contagem regressiva, assim como um tutorial ensinando como fazer a mudança.
Assim como foi feito em Brasília e na região metropolitana de São Paulo, um exército de voluntários visitará as casas das pessoas ensinando ou fazendo a conversão do sinal analógico para digital.
No caso de São Paulo, segundo Paulo Tonet Camargo, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), 75 mil pessoas integraram a chamada Patrulha Digital. “Precisamos imediatamente envolver a Fiesc e o Senai para que a patrulha seja uma realidade, vamos formar pessoas para irem nos bairros mais carentes para mostrar como fazer a migração”, argumentou Tonet.
Patrícia Abreu também destacou a importância de parcerias com líderes comunitários, escolas, comunidades religiosas e até agentes de saúde. “Também é uma oportunidade de negócios para o varejo e para os antenistas”, lembrou a diretora da Seja Digital.
Marcelo Petrelli, presidente da Acaert, ressaltou a importância histórica da transição de sinal. “Somos testemunhas de uma revolução, assim como em 1950 com a criação da TV Tupi por Assis Chateaubriand, a migração do preto e branco para o colorido em 1970, agora temos o sinal digital, o bombril nas antenas e os fantasmas ficarão para trás”, garantiu o presidente da Acaert.
A previsão é concluir a transição do sinal analógico para o digital em todo país até dezembro de 2023.
Agência AL