Servidores da Segurança Pública apresentam pauta de reivindicação aos parlamentares

A sessão ordinária desta quarta-feira (14) foi interrompida para que o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), Mario Antonio da Silva, apresentasse a pauta de reivindicações dos servidores do Sistema Prisional, Sistema de Atendimento ao Adolescente Infrator e administrativos da Segurança Pública de Santa Catarina. Os servidores participam de uma assembleia geral extraordinária, desde as 14 horas, na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis. Entre os assuntos abordados, estão a discussão da campanha salarial; pagamento imediato do Risco de Vida e extensão aos agentes e monitores que não recebem a verba; plano de cargos e salários da Secretaria de Segurança Pública (SSP) com descompactação da tabela salarial; extensão do abano aos servidores administrativos da SSP; reajuste do vale-alimentação e a institucionalização do dia do agente prisional e monitor. Conforme o dirigente, o movimento formado por servidores da SSP sente-se marginalizado pelo governo do Estado, já que apresentou ainda em 2006 o projeto de cargos e salários para as secretarias de Estado da Administração e da Coordenação e Articulação, mas não foram atendidos. Além disto, o corte do adicional de risco de vida também desencadeou uma situação “revoltante” entre os servidores. O benefício era repassado desde 2005, variava entre R$ 300 e R$ 700, de acordo com a exposição ao risco de cada função, e foi cortada há poucos dias sob o argumento de que era inconstitucional. “O governo voltou atrás e tem 20 dias para restabelecer seu pagamento, além de estender para as categorias que ainda não recebem: monitor e agente prisional”, declarou. Mario também relatou aos deputados que as categorias da SSP estão com suas tabelas salariais congeladas desde 2003, bem como o vale-alimentação. Os profissionais reivindicam o aumento do auxílio de R$ 6,00 por dia para R$ 9,00 por dia. “Queremos igualdade no aumento, pois os servidores do Executivo, Legislativo, Judiciário e do Tribunal de Contas recebem outros valores. Estamos sendo penalizados e não vamos aceitar que façam da discussão salarial um palanque eleitoral”, declarou. Parlamentares Após a manifestação do presidente do Sintespe, diversos parlamentares ocuparam o microfone de aparte, como o deputado Joares Ponticelli (PP), que ressaltou que o descontentamento da categoria é generalizado. “Todas as estruturas da Segurança Pública, o Magistério e os aposentados também estão descontentes e o impasse deve ser resolvido antes deste governo ir embora no dia 30 de dezembro ou a situação vai piorar”, avisou. Segundo o deputado Pedro Uczai (PT), os parlamentares aprovaram um requerimento na sessão de ontem (12) para que o governo do Estado receba os servidores da SSP. “O Parlamento precisa avançar e ser o mediador das instituições da Segurança Pública com o governo. Estão discriminando as categorias e cometendo uma injustiça”, disse. (Denise Arruda Bortolon Montagna/Divulgação ALESC)