09/12/2009 - 12h24min
Servidores da Casan contrários à municipalização voltam a pedir apoio dos parlamentares
Centenas de servidores da Casan se posicionaram em frente à Assembleia na manhã de hoje (9), para reforçar o pedido de apoio dos parlamentares para frear o processo de municipalização e privatização do abastecimento de água em Santa Catarina. Na tarde de ontem (8) eles ocuparam as galerias do Plenário Osni Régis e manifestaram essa preocupação, a exemplo de diversos parlamentares que também são contrários à municipalização. O deputado Lício Mauro da Silveira (PP) afirmou que em alguns municípios onde ocorreu a municipalização há casos de corrupção, inclusive com o pagamento de propina. “Isso é grave e é preciso apurar os fatos e tomar medidas enérgicas a esse respeito”.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema), Odair Rogério da Silva, alertou para as consequências da municipalização. “Precisamos reverter essa situação. Não está longe o fim da Casan e isso vai comprometer o saneamento básico em Santa Catarina. Haverá demissão em massa e poderemos ficar sem o salário do mês de dezembro”, disse Odair.
As recentes decisões de prefeitos de romperem o contrato com a Casan, a exemplo do que ocorreu em Chapecó, poderão levar a empresa à falência, segundo avaliação dos sindicalistas, além de comprometer os investimentos na área do saneamento básico. “Os números mostram que as cidades que romperam com a Casan não avançaram na implantação do sistema de esgoto.
“O processo de municipalização vem avançando desde 2002 e o governo não fez nada para frear isso. Queremos que os deputados e o Judiciário atuem de forma efetiva nessa questão”, concluiu Odair. Para reforçar o protesto, os manifestantes trouxeram dois caixões com os nomes do governador Luiz Henrique da Silveira e do desembargador Luiz Fernando Boller, que foi o relator no Tribunal de Justiça de Santa Catarina do processo de municipalização da Casan em Chapecó, no último dia 2 de dezembro.
À tarde eles prometem ocupar novamente as galerias do Plenário para reforçar o pedido de apoio dos parlamentares catarinenses. Em seguida, devem repetir o protesto no Centro Administrativo do governo do Estado. (Rose Mary Paz Padilha Ferreira/Divulgação Alesc)