08/05/2009 - 12h56min
Servidores da Assembleia, de câmaras de vereadores e do TCE têm curso sobre revisão ortográfica
Mais de 150 servidores participaram do curso de “Atualização de Português: Revisão Ortográfica”, promovido pela Escola de Legislativo, na manhã de hoje (8), no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright. O curso, aberto também a servidores das câmaras de vereadores e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi solicitado pelas taquígrafas da Casa.
De acordo com a professora Maria Helena Pasqualotto, a reforma visa a simplificação da grafia e a unificação das regras entre os países que falam o português e atinge apenas 2% da escrita, deixando praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra \"c\" da palavra exacto. “A maior mudança do acordo é o acento diferencial. As exceções são o que mais confundem as pessoas por causa da fonética.”
Questionada sobre a principal dificuldade dos alunos, Maria Helena afirmou que o antigo e o novo estão gerando sérias dúvidas. “As pessoas ficam me perguntando sobre o porquê das mudanças e eu também não sei. A ideia é padronizar o português”, completou.
A assessora de imprensa Rossana Espezin disse que sua principal dificuldade é o hífen, que deixou de existir em algumas palavras e se tornou presente em outras. “O novo acordo precisa ser bem estudado. O hífen é a grande dificuldade para mim. O curso de hoje não é o suficiente, mas é um bom começo.”
O novo acordo ortográfico, que consagra mudanças relativamente pequenas, envolve oito países que falam português: Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe (os cinco últimos na África), Macau, Timor Leste e Goa, no Oriente, onde também esteve presente a colonização portuguesa.
O idioma português é o quinto mais falado do mundo, alcançando 200 milhões de pessoas. As novas regras ortográficas já estão valendo desde o dia 1º de janeiro de 2009 e, de acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), haverá um período de transição até 2012 durante o qual serão válidas as duas formas de escrever: a antiga e a nova. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)