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15/10/2014 - 12h55min

Evento debate literatura para crianças e jovens e práticas de mediação da leitura

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Evento prossegue até sexta-feira (17), no campus da UFSC, em Florianópolis. FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

A produção literária voltada a crianças e jovens que circula no mercado editorial e as práticas de mediação da leitura literária são os temas centrais da 6ª edição do Seminário de Literatura Infantil e Juvenil, iniciada nesta quarta-feira (15), na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O evento, que segue até sexta-feira (17), abrange o 1º Seminário Internacional de Literatura Infantil e Juvenil e Práticas de Mediação Literária.

A conferência de abertura foi ministrada pela professora Ana Margarida Ramos, da Universidade de Aveiro, que tem se destacado em Portugal por suas pesquisas e publicações sobre o assunto. Ela tratou das tendências e desafios da literatura para a infância e juventude portuguesa.

Na avaliação da pesquisadora, há tendências globais de escrita para as crianças e os adolescentes. "Continua presente no panorama editorial brasileiro, assim como no português, a edição de textos de origem tradicional. São recriações, adaptações, até paródias dos textos da literatura oral e tradicional", disse. Ana Margarida também citou os chamados "temas fraturantes", principalmente na literatura juvenil. "São temáticas tabus, como violência, morte, guerra, sexo, pobreza".

Outra tendência apontada pela professora é a atenção dada à palavra. "São textos que brincam com a palavra, a usam como matéria-prima, matéria plástica, que pode ser transformada, explorada, quase como uma brincadeira, um jogo", explicou. "É lúdico e divertido, porque as crianças gostam de brincar com as palavras, mas também muito informativo para a sua consciência linguística, morfológica, fonética e para a ligação afetiva da criança à sua língua materna", acrescentou.

O número de leitores em Portugal e no Brasil, segundo Ana Margarida, tem crescido em contextos diferentes. "Os dois países fazem progressos. Em Portugal, nos últimos 20 anos, tivemos um avanço considerável, com a criação de muitas bibliotecas públicas e escolares, além do Plano Nacional de Leitura. Estamos fazendo um caminho positivo, como no Brasil, que tem reduzido o número de crianças fora da escola, além de campanhas e programas de alfabetização", opinou. "Muito se fala da crise do livro, até já se previu a sua morte, mas a verdade é que no mundo inteiro nunca se leu tanto como agora. Nunca houve tantos livros e nunca houve tantas crianças alfabetizadas".

Os seminários reúnem cerca de 500 participantes. São pesquisadores envolvidos no estudo da leitura, das práticas educativas construídas em diálogo com a literatura infantil e juvenil e com a formação do leitor. Também participam profissionais de diversos ramos das Ciências Humanas, como Letras, Pedagogia, Biblioteconomia, Psicologia, História, entre outros. "Justamente no dia do professor, congregamos profissionais de várias partes do país para pensar a leitura literária no espaço da educação infantil, dos anos iniciais, do ensino médio, em todos os espaços sociais de convivência", destacou a coordenadora geral do evento, professora Eliane Debus.

Os debates propostos em mesas-redondas abordam os temas "Literatura e Infância"; "Literatura Infantil e Juvenil, Cultura e Ensino" e "Leitura de berço e livros de embalo". A programação do evento, disponível no site do seminário, inclui ainda narrações de histórias, minicursos, roda de conversa com escritores, lançamento de livros e apresentações de comunicações e de pôsteres.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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