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10/03/2016 - 10h37min

Seminário sobre prevenção de deficiências aborda zika vírus e microcefalia

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Auditório da Assembleia Legislativa sedia 3º Seminário de Saúde e Prevenção das Deficiências

Três em cada quatro casos de deficiência poderiam ser evitados com conscientização e medidas de prevenção. Esse é o enfoque do 3º Seminário de Saúde e Prevenção das Deficiências, promovido pela Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) de Santa Catarina no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (10). Um dos temas em debate na programação do encontro é a epidemia de microcefalia causada pelo zika vírus.

Destinado à capacitação dos profissionais das Apaes de todo o estado, o seminário tem o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O presidente da comissão, deputado José Nei Ascari (PSD), frisou que o assunto prevenção é prioridade neste segmento. “Estas atividades são fundamentais para a qualificação dos profissionais que atuam nas Apaes, com foco na prevenção de doenças que provocam deficiências de toda ordem”, disse. Prestigiaram também o evento os deputados Silvio Dreveck (PP), Dr. Vicente (PSDB) e Gean Loureiro (PMDB).

Para o presidente da Federação das Apaes, Júlio César de Aguiar, a realização dos encontros de capacitação está ajudando a diminuir o nascimento de crianças com deficiências, já que os profissionais das Apaes são agentes multiplicadores de ações e informações. Ele pretende mobilizar as associações de todo o estado em prol de uma campanha de combate ao Aedes aegypti. “O zika é uma realidade, está aqui do lado, precisamos nos mobilizar. O engajamento das Apaes, pelo potencial de mobilização que elas têm na sociedade, vai dar um resultado muito positivo”, aposta.

Zika e microcefalia
Na primeira palestra do evento, o médico geneticista João Monteiro de Pina Neto, professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP), confirmou que existe uma epidemia de microcefalia em recém-nascidos causada pela infecção de gestantes por zika vírus. A situação mais grave ocorre no estado de Pernambuco, mas já há casos confirmados em vários estados do Brasil.
De agosto de 2015 a fevereiro de 2016, Pernambuco registrou 1.672 casos de bebês com microcefalia – 215 casos já foram confirmados, enquanto 225 foram descartados.

Pina atendeu 13 casos de microcefalia causada por zika em uma força-tarefa médica realizada em Recife (PE) e outros três em Ribeirão Preto. Ele ressaltou que o vírus causa lesões brutais no cérebro da criança. “Algumas nascem com dez centímetros a menos de diâmetro encefálico, são quase anencéfalas. O vírus detona o sistema nervoso central”, frisou o médico.

Antes de atuar com esses casos, o médico acreditava que poderiam estar associados a outras doenças não diagnosticadas, como a síndrome alcoólica fetal. “É uma epidemia. Esperamos que o inverno acabe antes que esse problema chegue ao Sul do Brasil.” Devido à gravidade dos danos causados pelo vírus no cérebro do feto, o médico defende que o Brasil autorize a interrupção da gravidez, tal como ocorre nos casos de anencefalia.

Programação
O seminário segue durante a manhã com palestra sobre as ações que o Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolve na prevenção de deficiências e o lançamento da cartilha do Programa Prevenir. No período da tarde, a bióloga e geneticista Ingrid Tremel Barbato fará palestra sobre o período pré-concepcional e sua importância na prevenção de deficiências. A última palestra do encontro será sobre a síndrome alcoólica fetal, com a geneticista Louise Lapagesse de Camargo Pinto.

Lisandrea Costa
Agência AL

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