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02/04/2009 - 15h22min

Seminário na Assembleia discute o futuro da água em Santa Catarina

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Seminário - \" O Futuro da Água em Santa Catarina: Gestão Integrada de Recursos Hídricos de Tecnologia Educacional da Grande Florianópolis\"
Aberto oficialmente na noite de ontem (1º), no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa, o seminário “O futuro da água em Santa Catarina – gestão integrada dos recursos hídricos” reuniu diversos palestrantes e debatedores na manhã desta quinta-feira (2). O primeiro palestrante foi o gerente de Meio Ambiente para a Produção Hidráulica e diretor da Empresa Nacional de Eletricidade (Endesa), da Espanha, Antonio Palau Ybars, que falou principalmente sobre a gestão integral dos recursos hídricos. Segundo ele, o ano de 1985 foi de reflexão sobre a água naquele país. A Lei de Águas espanhola previa concessão indefinida, fato que já não acontece mais, a partir da definição de concessão por 75 anos, até 2060. Mas os problemas lá são muitos, a exemplo do que ocorre no Brasil. “Há escasso conhecimento das funções da água, além da ausência de atitudes sociais ambientalmente coerentes.” Mas ações estão sendo empreendidas para a gestão integral fluvial, com a participação pública, gestão da demanda e uso ambiental da água. “Buscamos o equilíbrio entre o uso e a preservação.” O diretor de Recursos Hídricos, da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente, João Bosco Senra, focou sua palestra na promoção de ações para a preservação das águas subterrâneas, com conhecimentos hidrogeológicos. Afirmou que é preciso construir um marco legal da gestão das águas subterrâneas e formular políticas públicas nesse aspecto. Lembrou ainda a necessidade de todo o país desenvolver atividades educativas sobre as águas subterrâneas. “Nos trabalhos educativos esse é um tema superficial”, criticou. Sobre os trabalhos no setor hídrico em Santa Catarina, o diretor de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável, Flávio Brea Victoria, falou ao público participante sobre as estratégias do Estado e ações integradas em água e recursos hídricos. Lembrou que é preciso conhecer e utilizar a água com sustentabilidade – tanto a superficial quanto a subterrânea – e trabalhar na infraestrutura e no aperfeiçoamento do manejo da água e do solo. “Devemos aproveitar a experiência dos países desenvolvidos para errarmos menos.” O último palestrante da manhã foi o hidrogeólogo e professor do Departamento de Geologia Sedimentar e Ambiental, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Aoki Hirata. Ele disse que a humanidade vive uma revolução silenciosa, com a mudança da matriz hídrica do país. No Brasil, entre 30% e 40% da população depende das águas subterrâneas, que representam aproximadamente 30% dos fluxos de base dos rios. “As águas subterrâneas estão ocupando os espaços urbanos de forma lenta e silenciosa.” O presidente da Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina (Casan), Walmor De Luca, um dos debatedores do encontro, alertou para a necessidade de o estado “acordar” e fazer política de recursos hídricos. “Não temos essa política. O que temos são ações isoladas.” Mudança de foco Outro debatedor da manhã, o professor Luiz Fernando Scheibe, do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador técnico do Projeto Rede Guarani/Serra Geral, disse que o mundo vive duas crises importantes: a econômica e a de mudanças climáticas. Segundo ele, essas questões que apontam para imensos problemas da humanidade colocam em cheque o modelo econômico e de consumo. “A prioridade dada até agora ao mercado como entidade reguladora está sendo efetivamente questionada e passa a se exigir dos estados uma regulação mais efetiva e mais eficiente.” Falou também que todos os governos buscam a solução para os problemas de abastecimento de água para todas as atividades, atendendo justamente ao mercado. “Precisamos inverter as prioridades. Que se foquem a melhoria e a sustentabilidade da qualidade de vida do homem não no aumento do consumo, mas no gozo de todas as potencialidades colocadas diretamente à sua disposição pela natureza”. (Rose Mary Paz Padilha/Divulgação Alesc)
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