Seminário na Alesc debate turismo sustentável e desenvolvimento
Como desenvolver o turismo, gerando alternativas de emprego e renda para as populações locais, sem agredir o meio ambiente? Estas e outras questões estão no foco dos debates no 8º Seminário de Educação Ambiental, realizado nesta sexta-feira (2), na Assembleia Legislativa.
O evento é promovido pela Unisul e pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da Região Hidrográfica 08 de Santa Catarina (GTEA RH08) e teve como público-alvo professores, pesquisadores, estudantes, bem como gestores públicos e empresários do setor de turismo.
“O seminário sempre segue a temática lançada pela Organização das Nações Unidas, que neste ano aborda o turismo sustentável voltado ao desenvolvimento. Então, é neste sentido que estamos orientando os debates com professores, educadores ambientais ou pessoas interessadas nesta área”, destacou Silvane Dalpiaz do Carmo, que coordena o GTEA RH08, entidade vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável.
Presente ao evento, o reitor da Unisul, Mauri Luiz Heerdt, também ressaltou a importância das discussões em torno do tema. “Fomos educados em um conceito de que os recursos naturais seriam infinitos e em uma visão econômica de acumulação, quando sabemos que para termos um mundo mais sustentável nós precisaremos sim da dimensão econômica, mas também da dimensão social e da dimensão ambiental. E é nessa perspectiva que se insere a Unisul, ao promover o seminário e também programas como o Junho Verde, voltado à educação ambiental.”
Aspectos socioeconômicos
Na palestra de abertura, o analista ambiental Thiago do Val Simardi Beraldo Souza, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), afirmou que o turismo, quando praticado de forma organizada, traz efeitos positivos à natureza e às populações locais.
O meio ambiente, disse, é favorecido pela utilização dos recursos naturais de uma forma sustentável. Já as comunidades das regiões visitadas, pelo estímulo à preservação de sua cultura, bem como pela geração de emprego e renda. “Estamos focando neste trabalho para mostrar que as unidades de conservação, além de áreas de preservação ambiental, podem ser fontes de emprego e renda para as comunidades e para o desenvolvimento econômico do Brasil como um todo.”
Neste modelo, foi citado o Parque Nacional de São Joaquim, localizado na região serrana de Santa Catarina, criado em 1961 com objetivo não só de conservar os ecossistemas lá existentes, mas também para promover a educação ambiental, a pesquisa e a visitação pública.
Agência AL