Seminário estreita relações acadêmicas entre Brasil e Portugal
Sob o título de “O papel dos Agentes Institucionais Acadêmicos e Culturas na Perenidade das Relações”, teve início na manhã desta segunda-feira (27) o Seminário Brasil Portugal, destinado a promover a interação acadêmica entre os dois países. O evento, que se estende até amanhã no auditório do Tribunal de Contas do Estado, em Florianópolis, é promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC) e conta com o apoio do Comissariado Geral Português.
O seminário, disse o presidente do IHGSC, Augusto César Zeferino, tem por objetivo intensificar o intercâmbio acadêmico entre instituições de pesquisa em história dos dois países em 2013, ano em que se celebra o ano de Portugal no Brasil. Durante dois dias, historiadores dos dois países, inclusive da ilha da Madeira e arquipélago dos Açores, tratarão de temas referentes a colonização, povoamento e legado cultural luso. “Em Santa Catarina, o Instituto Histórico e Geográfico é um das principais entidades empenhadas neste regate, contribuindo no registro, manutenção do acervo documental e divulgação de pesquisas”, ressaltou Zeferino.
Intercâmbio cultural é antigo
Ministrada pelo presidente da Academia Portuguesa da História, Manuela Mendonça, a palestra de abertura teve como tema Pero Vaz de Caminha. O escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral em 1500, disse Manuela, é considerado pela historiografia oficial como a primeira pessoa a escrever sobre as terras brasileiras. “Com sua carta a D. Manuel I, Caminha, que era uma figura muito complexa e fortemente envolvida com a vida política portugesa, praticamente escreveu a certidão de nascimento do Brasil”.
O documento, afirmou Manuela, também deu início a um processo de documentação histórica entre os dois países, que perdura até hoje. Fundada em 1720 por D. João V, a Academia Portuguesa da História sempre contou com brasileiros entre seus integrantes. Dos 40 primeiros membros, 10 eram brasileiros, o que assinala, disse, a importância das trocas acadêmicas entre as duas nações. “Em 1936, o estatuto da Academia voltou a ser redigido e novamente a presença brasileira foi assegurada, ainda que em proporção menor”. Atualmente 20 brasileiros contribuem com estudos na instituição portuguesa. (Alexandre Back)
Programação:
Dia 27 – 2ª Sessão
14h30 – Madeira e Brasil (insular e continemtal) – intercâmbios e viagens com retorno. Confereincista: Alberto Vieira (CEHA)
15h15 – Relações Culturais entre Brasil e Portugal – Ilha. Conferencista: Nereu do Vale Pereira (IHGSC)
16h15 – Fronteiras portuguesas no Brasil: a expansão portuguesa e o papel dos povoadores nas fronteiras Norte e Sul do Brasil. Conferencista: Luiz Nilton Corrêa, do IHGSC.
17h – debates
Dia 28 – 3ª Sessão
9h – Da Casa da Suplicação ao Supremo Tribunal de Justiça – continuidade e ruptura da justiça portuguesa no Brasil. Conferencista: Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
9h45 – Os Açores e o Brasil: intercâmbios históricos e culturais. Conferencista: Avelino de Freitas Meneses, da Universidade dos Açores.
10h45 – Contribuição portuguesa para a universidade brasileira. Conferencista: Edivaldo M. Boaventura, da Universidade Federal da Bahia.
11h30 – debates
4ª Sessão
14h – A Univali no contexto das relações acadêmicas Brasil/Portugal. Conferencista: Marcelo Luna, da Univali.
14h45 – Proximidades entre a literatura catarinense e açoriana. Conferencista: Selestino Sachet, do IHGSC
15h45 – Irmandade Atlântica: convergências. Conferencista: Lélia Pereira da Silva Nunes, do IHGSC.
16h30 – Debate e encerramento
Agência AL