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22/04/2013 - 15h37min

Seminário discute reformulação do ensino médio no país

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A Assembleia Legislativa sediou hoje (22) seminário promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados para Reformulação do Ensino Médio. A discussão com gestores e especialistas de todos os estados deve subsidiar o Ministério da Educação (MEC) na elaboração de um novo modelo de ensino médio para o país.

O seminário foi coordenado pelo deputado federal Pedro Uczai (PT), que enfatizou a necessidade de levantar propostas para fortalecer a qualidade do ensino médio, como demonstram os resultados das avaliações na última década. Os últimos anos dessa etapa de ensino são os que apresentam as piores médias no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Segundo o MEC, 5,4 milhões de jovens frequentam o ensino médio no país, mas há cerca de 1 milhão na faixa de 15 a 17 anos fora da rede de ensino. E cerca de 2 milhões de jovens que concluem a educação básica não vão para o ensino superior.

A alteração da grade curricular, a expansão da educação profissional e a ampliação da jornada escolar foram alguns dos aspectos debatidos. “Santa Catarina tem resultados melhores que o restante do país. Os nossos especialistas devem ser protagonistas na contribuição para o aperfeiçoamento do ensino médio no país”, sugeriu Pedro Uczai.

“Depois de muitos anos discutindo as outras etapas da educação básica, fico muito feliz que o ensino médio entre finalmente na pauta do país”, disse a gerente de Ensino Médio da Secretaria de Educação, Maike Ricci. Cerca de 86% do ensino médio no país está sob responsabilidade das redes públicas estaduais. Em Santa Catarina, há cerca de 30 mil jovens na faixa de 15 a 17 anos fora da escola. O desafio, de acordo com Maike, não é mais garantir o acesso, mas a permanência na escola nesta fase da educação. O índice de abandono no estado é de 8%, um dos menores do país, ainda considerado alto pelos gestores. O subemprego, o modelo consumista, as drogas, a violência e a gravidez precoce são alguns dos fatores causadores de evasão.

O objetivo do ensino médio foi um dos pontos mais debatidos durante o seminário: os jovens devem ser preparados para o ensino superior ou para o mundo do trabalho? Essa dualidade é histórica, de acordo com a deputada Luciane Carminatti (PT). Ela considera ruim a reprodução desses dois modelos, um ensino médio para filhos de trabalhadores e outro para a formação universitária. “Essa dicotomia não pode voltar, quero que os jovens tenham tempo para estudar.” Na opinião dela, o currículo não atrativo, com disciplinas fragmentadas tornou-se desinteressante para os jovens.

Por outro lado, a formação técnica profissionalizante é necessária não apenas para garantir o suprimento do mercado de trabalho, mas como alternativa para os jovens que não querem ou não conseguem ingressar na universidade. “O ensino técnico profissionalizante de qualidade não forma mão de obra barata e assegura a melhoria das condições de vida”, defendeu Uczai. O país também precisa formar cientistas e essa é outra vocação que o ensino médio deve abranger, conforme destacaram alguns participantes.

Lisandrea Costa
Agência AL

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