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05/05/2014 - 17h55min

Seminário discute fortalecimento da agricultura familiar e da agroecologia

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Luci Choinacki, Neodi Saretta e Justina Cima, durante o seminário "2014: Ano Internacional da Agricultura Familiar". FOTO: Juliana Stadnik/Agência AL

Com o objetivo de difundir a importância da agricultura familiar e de articular ações para o desenvolvimento da agroecologia no estado, a Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, com apoio de outras três frentes parlamentares e da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, promoveu, na tarde desta segunda-feira (5), o Seminário "2014: Ano Internacional da Agricultura Familiar". No encontro, realizado no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright, os participantes discutiram criação da Rede Catarinense de Agroecologia, formada por entidades governamentais e organizações ligadas ao campo.

De acordo com a deputada federal Luci Choinacki  (PT-SC), coordenadora-geral da Frente Parlamentar da Agroecologia, o seminário reforçou a importância da agricultura familiar e da agroecologia para a solução de alguns problemas que atingem a sociedade brasileira. "A agricultura familiar é a melhor forma de combater a fome, gerar empregos e renda no campo e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente", disse. "Com o seminário, nós vamos unir forças e melhorar a articulação dos agricultores".

Carolina Albuquerque, assessora do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e membro do Comitê Brasileiro do Ano Internacional da Agricultura Familiar, destacou que, apesar de avanços recentes nas políticas públicas voltadas ao setor, ainda há muitos desafios para seu fortalecimento. Para ela, a agricultura familiar tem papel estratégico no desenvolvimento econômico sustentável do país e na busca pela segurança e pela soberania alimentares.

"Nós precisamos aumentar a visibilidade do setor na sociedade, mostrar que o aumento na produção da agricultura familiar é a solução para muitos problemas, como a fome, a inflação e até as mudanças climáticas", destacou. "Temos que ganhar mais adeptos a essa causa e aumentar a co-relação de forças para ganharmos mais políticas públicas".

A representante do Movimento das Mulheres Camponesas, Justina Cima, também ressaltou os vários desafios da agroecologia. Um deles é a falta de sucessores da atual geração de agricultores familiares. "Só em Santa Catarina, 58% das propriedades familiares enfrentam esse problema. Temos que buscar subsídios para a transposição da agricultura convencional para a familiar, mais assistência técnica e oferecer condições para que os produtos orgânicos tenham preços mais acessíveis".

O deputado Neodi Saretta (PT) representou o Parlamento catarinense na abertura do seminário. Ele destacou a necessidade do fortalecimento da agroecologia. "Santa Catarina é um estado com forte tradição agrícola. Agora, precisamos desenvolver ações para incentivar cada vez mais a agricultura familiar e a agroecologia, não só para aumentarmos a produtividade desse setor, mas, também, para defendermos essa parte importante da nossa economia".

O coordenador da Frente Parlamentar Estadual da Agricultura Familiar, deputado Dirceu Dresch (PT), também participou dos debates. Para ele, o crescimento do setor passa rediscussão do papel do Estado e até pela alteração do modelo de consumo da sociedade atual. "Além da legislação, precisamos de incetivos fiscais, de melhoria no acesso ao mercado, de pesquisa. A Epagri, por exemplo, praticamente abandonou a agroecologia", afirmou.

O deputado Padre Pedro Baldissera (PT), coordenador da Frente Parlamentar Estadual da Agroecologia, foi representado no evento pelo assessor Claudio Weschenfelder. Ele acredita que o futuro da agricultura familiar passa, necessariamente, pelo desenvolvimento da agroecologia. "É a melhor forma de viabilizar a permanência do homem no campo", defendeu.

O ano de 2014 foi eleito pela FAO, o órgão das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura, como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena. A proposta da organização com a data é apoiar a formulação de políticas que promovam a agricultura familiar sustentável, aumentar o conhecimento, a comunicação e conscientização pública, obter um melhor entendimento das necessidades, potencial e restrições da agricultura familiar, e assegurar apoio técnico e criar sinergias para a sustentabilidade.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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