Seminário destaca potencial das geradoras de energia elétrica em SC

O potencial das Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) foi o destaque no período da tarde desta quarta-feira (14) do seminário “Políticas públicas para a geração hídrica a partir de CGHs e PCHs”, realizado no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa. O seminário reúne agentes do poder público e da iniciativa privada que, que ao longo do dia, debateram alternativas para potencializar a geração de energia elétrica proveniente de fonte hídrica em Santa Catarina.

O diretor de Minas e Energia da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Cristiano Alencar, disse que o estado conta atualmente com 250 projetos de pequenas hidrelétricas em operação, que são responsáveis por 12% da capacidade de geração de energia, mas há muito potencial para incrementar a geração de energia elétrica. Alencar observou ainda que a pasta é nova e que está atuando em apoiar os projetos para desenvolvimento de mais energia elétrica para Santa Catarina.

O diretor de Celesc Geração, Pablo Cupani, abordou a importância e as vantagens do modelo das PCHs no Estado e enfatizou que a Celesc trabalha com elas e conta com geração de energia privada em pequenos empreendimentos. De acordo com a classificação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as PCHs são usinas hidrelétricas de tamanho e potência considerados de porte reduzido, com no máximo 30 MW de potência instalada e reservatórios com área de inundação de até 14 km². Já as CGHs têm potência máxima de 5 MW. As micro e as pequenas centrais contribuem com cerca de 12% da capacidade de geração de energia hídrica em Santa Catarina, mas o potencial desse segmento é muito maior.

O presidente da Frente Parlamentar de Apoio às CGHs e PCHs, deputado Mauro de Nadal (MDB), enfatizou que elas representam uma área estratégica de negócios para a produção industrial catarinense e, por consequência, para o incremento da arrecadação tributária do estado. Ele defendeu é que é necessário buscar isonomia de incentivos fiscais como as demais fontes renováveis, adequando-se às exigências de compensações ambientais, e ampliar a divulgação sobre os benefícios ambientais e financeiros para a população onde se instala uma PCH ou CGH.  O seminário foi promovido pela Comissão de Minas e Energia, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e entidades do setor.