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03/06/2016 - 15h08min

Seminário debate temas relacionados ao Ano das Leguminosas

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7º Seminário de Educação Ambiental em Santa Catarina promoveu debates sobre temas relacionados ao Ano Internacional das Leguminosas

A Assembleia Legislativa sedia nesta sexta-feira (3) o 7º Seminário de Educação Ambiental em Santa Catarina, com debates sobre temas relacionados ao Ano Internacional das Leguminosas (AIL), celebrado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2016. O objetivo da iniciativa é contribuir para a conscientização a respeito dos benefícios nutricionais de alimentos como o feijão, a lentilha, a ervilha e o grão-de-bico. Outro propósito é destacar o papel das leguminosas na segurança alimentar e sustentabilidade ambiental.

O evento gratuito e aberto ao público é promovido pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da Região Hidrográfica 08 de Santa Catarina (GTEA RH08) e pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA/SC). A ação conta com o apoio do Parlamento catarinense por meio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente e da Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.

A relevância do tema foi ressaltada pela coordenadora do GTEA RH08, Gabriela Galastri. “Todos os anos trabalhamos o tema indicado pela ONU. A escolha das leguminosas foi muito interessante, pois é um assunto pouco debatido. Desejamos aumentar a consciência pública para os benefícios nutricionais desses grãos, por meio da produção alimentar sustentável destinada à segurança alimentar e nutricional”, disse. Segundo ela, o seminário é voltado, principalmente, a professores do ensino fundamental. “Esperamos que eles disseminem esses conhecimentos na sala de aula, colaborando para ampliar a discussão.”

O Ano Internacional das Leguminosas pretende incentivar o desenvolvimento de parcerias ao longo de toda a cadeia alimentar que permitirão promover as leguminosas como fonte proteica, aumentar a produção mundial, melhorar a sua utilização nas rotações de culturas e abordar os desafios na comercialização.

Na avaliação do representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na região Sul do Brasil, Valter Bianchini, os debates promovidos pelo AIL 2016 com a participação de organizações governamentais e não governamentais têm como objetivo “a elaboração de uma política nacional e global para fortalecer a produção de leguminosas em toda a sua diversidade”.

Aspectos nutricionais e ambientais
O AIL 2016 busca sensibilizar a população sobre a contribuição das leguminosas, tendo em vista as vantagens significativas relativas à nutrição. Além de elevado teor de proteínas e aminoácidos essenciais, elas são fonte de carboidratos, vitaminas e minerais.

As leguminosas são consideradas essenciais para uma alimentação saudável. Seu consumo ajuda a prevenir e controlar o desenvolvimento de doenças crônicas como o diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.

De acordo com a FAO, potencializar a produção e o consumo de leguminosas pode ser a chave para enfrentar a obesidade e a fome. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 1,5 bilhão de pessoas estão acima do peso, incluindo 43 milhões de crianças menores de cinco anos. Atualmente, a desnutrição causa a morte de 3,9 milhões de crianças ao ano.

Segundo Bianchini, as leguminosas secas são economicamente acessíveis e contribuem para a segurança alimentar. “É uma fonte de alimento fundamental em todas as regiões do mundo. Temos no Brasil a combinação do feijão com o arroz. Na Europa tem a lentilha; na Ásia, a soja. Sempre há no prato a presença de uma leguminosa. É uma fonte proteica de baixo custo, tem muitos nutrientes e sais minerais.”

Outro ponto discutido no Ano Internacional das Leguminosas é a produção e a sustentabilidade ambiental como um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. As leguminosas promovem a agricultura sustentável, contribuem para a fertilização dos solos e a adaptação às alterações climáticas. Também promovem a biodiversidade, a produtividade e a eficiência do uso da água em sistemas agrícolas e na rotação de culturas. Ainda reduzem a necessidade de uso de fertilizantes, diminuem o custo final da lavoura e evitam a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

Organização
Os Grupos de Trabalho de Educação Ambiental são instrumentos legítimos para a implantação da Política e do Programa Estadual de Educação Ambiental em Santa Catarina. Foram criados pela Resolução 1/2009 e pelo Decreto 3.499, de 15 de setembro de 2009.

O GTEA RH08 é um órgão colegiado consultivo e deliberativo, vinculado à Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina.

Formado há sete anos, o GTEA RH08 compreende a região hidrográfica 08, que abrange 22 municípios. São eles: Águas Mornas, Angelina, Antônio Carlos, Biguaçu, Bombinhas, Canelinha, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Itapema, Leoberto Leal, Major Gercino, Nova Trento, Palhoça, Paulo Lopes, Porto Belo, Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, São Pedro de Alcântara, São João Batista, São José e Tijucas.

O grupo é composto por mais de 60 membros, os quais representam, além dos municípios de abrangência, instituições de ensino e do poder público, empresas, comitês de bacias, organizações não governamentais.

Programação

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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