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01/06/2012 - 15h10min

Seminário debate desafios e perspectivas da acessibilidade

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Segundo Seminário de Acessibilidade - Moisés Bauer Luiz - Presidente do Conade
Na palestra que abriu a programação do 2º Seminário de Acessibilidade do projeto “Santa Catarina Acessível”, em Criciúma, na manhã desta sexta-feira (1º), o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Moisés Bauer Luiz, apresentou uma reflexão sobre os desafios e as perspectivas da acessibilidade. O presidente do Conade defende que a acessibilidade seja abordada conforme aspectos arquitetônicos, como a garantia de acesso por meio de rampas, mas que também é preciso refletir sobre questões referentes à comunicação, informação e atitude. “As barreiras arquitetônicas são as mais aparentes e demonstram a necessidade de se pensar em ambientes acessíveis a todos. E isso vai além da condição de atual de cada um. Hoje estamos ouvindo, não estamos em uma cadeira de rodas, mas amanhã ninguém sabe”, disse. Na opinião de Luiz, quando se trata do tema, o primeiro obstáculo está relacionado à atitude das pessoas. “As pessoas precisam estar abertas para se colocar no lugar de outras, debater o assunto e propor soluções. E acessibilidade só é possível com sensibilidade”. Ele destacou que os principais problemas enfrentados por deficientes visuais , por exemplo, não se referem apenas ao acesso a espaços públicos e privados, mas também ao acesso à informação. Entre as necessidades estão a implementação de recursos de audiodescrição na televisão e a adequação de sites para a utilização de programas de leitura de tela. Já para os deficientes auditivos, as dificuldades estão ligadas à comunicação, especialmente no que diz respeito à disseminação da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Luiz apontou ainda outros desafios que precisam ser superados para garantir a acessibilidade. Um deles é o acesso a recursos e ações de programas de governo anunciados para o segmento. O outro está relacionado à atualização da redação do projeto de lei que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, em tramitação no Congresso Nacional. “É preciso modificar o texto, que está desatualizado a partir do que foi estabelecido pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Assim garantiremos uma norma mais clara e eficaz, com o estabelecimento de prazos e sanções pelo descumprimento da lei”, esclareceu. “Temos uma legislação vasta e rica sobre o tema, mas é preciso corrigir falhas e, principalmente, aplicá-la e obedecê-la”, frisou. COMPROMISSO SOCIAL Apontada como a segunda instituição de ensino superior no Brasil em quantidade de alunos com deficiências, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, destaca-se pela implantação de uma educação inclusiva, experiência da Unesc que foi foi relatada no seminário. De acordo com a pró-reitora de Ensino de Graduação da Unesc, Rubinalva Borges Ferreira, cerca de 60 acadêmicos com deficiências frequentam cursos de graduação e outros 13 alunos estudam no Colégio Unesc. “Esse histórico mostra que a instituição cumpre o seu papel social e promove a inclusão de estudantes tanto de ensino fundamental e médio quanto de ensino superior”, afirmou. Representando a Comissão de Educação Inclusiva da universidade, Rubinalva apresentou o projeto pedagógico da instituição. As políticas, metas e ações são discutidas periodicamente. O processo envolve professores, alunos, funcionários e toda a comunidade acadêmica. “Queremos promover autonomia, independência e senso crítico para que nossos estudantes sejam cidadãos participantes da sociedade. Temos ainda a preocupação em formar profissionais que sejam incluídos no mercado de trabalho”, disse. Conforme apresentado pela pró-reitora, a universidade investiu na acessibilidade. Além de iniciativas como a colocação de pisos adequados; a construção de rampas de acesso; banheiros, carteiras e telefones adaptados, a instituição mantém ações ligadas à capacitação de profissionais, orientação de familiares e adequação das formas de avaliação. A Unesc conta, ainda, com a presença de intérprete nas salas de aula, parceira com instituições que fazem tradução para escrita em braile e um programa adaptado ao computador para digitação. (Ludmilla Gadotti)
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