Seminário capacita dirigentes de entidades sociais para captação de recursos
A captação de recursos para manutenção das atividades consiste no principal desafio das entidades sem fins lucrativos que desenvolvem projetos sociais voltados às pessoas com deficiência. A constatação dessa dificuldade motivou a realização do seminário “Gestão e Captação de Recursos – Fundos Especiais”, que ocorre nesta quarta e quinta-feira (29 e 30), no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa. O evento é promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira.
O presidente da comissão, deputado José Nei Ascari, explicou que “se existe um tema que gera muita preocupação às entidades sociais é este da captação de recursos”. O seminário está sendo promovido com o propósito de repassar informações e qualificar as equipes das entidades, sobretudo em função das novidades da legislação que estabeleceu o novo marco regulatório dos direitos da pessoa com deficiência.
A manutenção das entidades sociais somente com recursos públicos dos orçamentos municipal, estadual ou federal é inviável, na opinião do presidente da Federação das Apaes de Santa Catarina (Feapaes), Júlio Cezar de Aguiar. “Precisamos aprender a elaborar projetos para buscar recursos em outras fontes, de modo a atingir os objetivos.” Quando não obtêm recursos públicos ou patrocínios, as entidades precisam recorrer a campanhas de arrecadação, pedágios e outras promoções, conforme destacou o presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência de Porto União, Cesar Augusto da Silva. “Precisamos de conhecimento para ter mais acesso aos recursos. Isso é de suma importância.”
A programação desta quarta-feira foi dividida em dois momentos. No período da manhã, a diretora criativa da Projeta Planejamento e Marketing, Clarissa Iser, falará sobre a captação de recursos públicos nas diversas esferas de governo e por meio de programas de incentivo fiscal como o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD). A criação dos mecanismos de incentivo fiscal foi um grande avanço nos últimos anos, na opinião da palestrante, há recursos disponíveis, mas essa é uma ferramenta desconhecida para a maioria das organizações. “Em relação às fontes públicas, é necessário conhecer as diversas leis existentes e suas exigências. A captação de recursos privados exige que as entidades conheçam a linguagem do mercado e utilizem ferramentas de marketing”, explicou.
Na quinta-feira, a programação do seminário será voltada para a elaboração de projetos e o acesso aos recursos do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA).
Agência AL