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21/03/2017 - 16h48min

Seminário aborda a afetividade e a sexualidade na síndrome de Down

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Com o objetivo de promover a atualização e reflexões sobre a inclusão social, escolar e no mercado de trabalho, o 5° Seminário e a 4° Jornada de Atualização em Síndrome de Down, realizados nesta terça-feira (21) na Assembleia Legislativa, abordou no período da tarde o tema da afetividade. A palestra "Relacionamento afetivo e sexualidade na síndrome de Down", ministrada pelo judoca Breno Viola, a atriz Samanta Quadrado e o representante do projeto Simbora Gente, Thiago Rodrigues, foi um dos principais destaques do evento.
Considerando o amor e a sexualidade um direito das pessoas portadoras de síndrome de down, Samanta afirmou que namorar é muito bom e faz parte da vida dela e demais pessoas com down. "Assim como somos orientados a estudar, trabalhar, entre tantas tarefas do dia a dia, o sexo faz parte desse processo que nos permite viver e desfrutar dos prazeres da vida." De acordo com ela, apaixonar-se é acarinhar, valorizar e especialmente estar próximo do outro prevalecendo gestos de carinho e preocupação com o companheiro.
Mesmo diante da natural vontade expressa pelos portadores de down em desfrutar os prazeres da vida, a sexualidade, segundo a psicóloga e pedagoga Fabiana Duarte, ainda é um tabu. Mediadora da palestra, Fabiana destacou a importância de falar sobre a afetividade e a sexualidade, uma vez que esses sentimentos fazem parte da vida dos portadores de down. "O que precisamos compreender é que a questão da sexualidade não está necessariamente voltada ao sexo, mas especialmente ao sentimento do amor e carinho."  
Idealizadora do projeto de inclusão social "Simbora Gente", Fabiana disse que um dos melhores caminhos para quebrar esse tabu é levar o tema para dentro das casas, escolas e principalmente do convívio das pessoas com down. Segundo a profissional, o diálogo leva ao autoconhecimento, possibilitando assim o respeito e a compreensão diante dos fatos. "Isso deve ser ensinado desde criança. Mostrando o que é privado e o que é público, elevando seu autoconhecimento e principalmente respeitando o outro. É preciso saber lidar com o tema de maneira correta."

Adequação postural
Paralelo ao seminário, a Escola do Legislativo Lício Mauro da Silveira realizou nas dependências do Plenarinho Paulo Stuart Wright o Seminário "Adequação postural para pessoas com deficiência". Voltado para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais e profissionais dos Conselhos da Grande Florianópolis, o evento teve como objetivo ampliar a informação técnica sobre o posicionamento, prescrição e medidas de cadeiras de rodas.
À frente dos trabalhos, a terapeuta Carla Moreira falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos cadeirantes e principalmente sobre a postura e aquisição de equipamentos corretos para cada situação. Segundo ela, as barreiras arquitetônicas, como ruas, calçadas, prédios, entre outros ambientes mal projetados, são os principais obstáculos a serem vencidos pelos cadeirantes. Ao considerar que os melhores equipamentos são aqueles fabricados fora do país, Carla destacou que este é um fator de preocupação, uma vez que o produto agrega no seu valor as taxas de importação e o alto custo do material. "Vemos que as empresas brasileiras têm evoluído muito, mas ainda carecem de mais pesquisas e investimentos para melhores equipamentos."
Na ocasião, ressaltou que um bom equipamento auxilia no processo de reabilitação, gerando mais independência tanto para os adultos como para as crianças. "Um bom equipamento permite uma pessoa voltar ao trabalho, convívio social, assim como para uma criança possibilita o retorno a escola com conforto e segurança. O paciente deve estar bem sentado com uma postura e conforto que possibilite a adequação deste produto às suas necessidades, orientado por um profissional específico."

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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