Semana Mundial de Aleitamento Materno mobiliza agentes de saúde

Segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz, somente no último ano foram recolhidos 7.451 mil litros de leite humano em Santa Catarina, o que possibilitou atender 6.177 bebês hospitalizados ou que não puderam ser amamentados pelas próprias mães. Apesar do resultado, que coloca Santa Catarina no quinto lugar em termos de captação em todo o país, à frente de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a quantidade ainda é considerada insuficiente para atender as necessidades locais.

Buscando destacar importância do aleitamento materno para a saúde da criança e da prática da doação pelas mães que tiverem o alimento em excesso, o governo do Estado deu início, no dia 1º de agosto, a uma campanha informativa, que se estende até o próximo dia 7. A ação acontece de forma a coincidir com a Semana Mundial de Aleitamento Materno, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que tem como tema “Amamentação: uma vitória para toda a vida”.

No período, profissionais dos 12 Bancos de Leite Humano (BLH) e das unidades de saúde que possuem postos de captação distribuirão cartazes e folderes informativos. A programação também inclui a realização de palestras e seminários com o objetivo de incentivar a população a adotar atitudes que favoreçam a prática da amamentação.

As orientações têm como público alvo mulheres jovens, como Lidyane Machado Mendes da Silveira, de 26 anos e Bianca Cristine Teixeira, de 24 anos, que deram à luz recentemente, na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis. “Amamentar traz segurança, pois sei que estou contribuindo para a saúde do meu bebê”, frisou Lidyane. A afirmação foi reforçada por Bianca, que já passou pela experiência da amamentação. “Já tenho um filho de oito anos, que segue forte até hoje. O aleitamento materno é um cuidado para a vida toda.”

Agosto Dourado
Dada a sua importância, o Ministério da Saúde vem procurando popularizar o mês em que ocorre a campanha como Agosto Dourado. A estratégia segue o procedimento adotado para outras causas, como o do câncer de mama (Outubro Rosa) e da saúde do homem (Novembro Azul). “O leite materno é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que o bebê precisa, razão pela qual não pode ser substituído. Sobretudo para a recuperação dos recém-nascidos internados em UTIs neonatais, que já apresentam a saúde fragilizada”, destacou a coordenadora do BLH da Maternidade Carmela Dutra, Jaqueline Locks.

Ela fez um apelo para que mulheres em estado de lactação entrem em contato com os bancos de leite existentes no estado. “A doação é um ato de solidariedade e amor, e pode ser praticado por qualquer mãe que tenha leite em excesso e seja saudável”.

Muitos BLHs, ela explicou, possuem serviço de coleta móvel e basta um telefonema para que o leite seja recolhido na residência da doadora. “A mãe que quiser contribuir pode fazer a ordenha na própria casa, colocando o líquido em frascos de vidro com tampa de plástico. Na sequência,o recipiente deve ser colocado no freezer ou congelador. Dessa forma, o leite materno tem suas propriedades mantidas por até 15 dias”.

Informações sobre como doar podem ser obtidas por meio do Disque Saúde 136, ou por meio do site: www.redeblh.fiocruz.br.

Unidades que contam com bancos de leite no estado:

• Hospital Bom Jesus (Ituporanga)
• Hospital e Maternidade Jaraguá (Jaraguá do Sul)
• Hospital Geral e Maternidade Teresa Ramos (Lages)
• Hospital Infantil Joana de Gusmão (Florianópolis)
• Maternidade Carmela Dutra (Florianópolis)
• Hospital Regional Dr.Homero de Miranda Gomes (São José)
• Hospital Rio Negrinho (Rio Negrinho)
• Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (Itajaí)
• Maternidade Darcy Vargas (Joinville)
• Maternidade Dona Catarina Kuss (Mafra)
• Secretaria Municipal de Saúde (Blumenau)
• Hospital Nossa Senhora da Conceição (Tubarão)