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Secretário de Saúde presta contas na Alesc
Um balanço sobre as atividades da Secretaria de Estado da Saúde foi apresentado na manhã desta terça-feira (28) na Assembleia Legislativa. O secretário Helton de Souza Zeferino destacou o avanço na questão financeira e no número de transplantes como os principais avanços no setor.
Segundo ele, Santa Catarina teve um desempenho histórico nos transplantes de órgãos no período. “Foi o melhor fevereiro registrado na história da unidade de transplantes do Estado, com 23 ocorrências. O máximo, até então, eram 20 em 2016 e 2017”, comemorou. Nos primeiros 100 dias do ano, por meio da aeronave do governo, foram 42 registros.
Na parte financeira ele informou que o governo do Estado conseguiu resolver a pendência com parte da lista de credores da Secretaria. “E outra parte estamos no processo de cronograma de pagamento. Isso nos dá uma possibilidade de que as coisas passem andar de uma forma mais equilibrada, impedindo a interrupção de fornecimento de serviços.” De acordo com o secretário, a carta de credores existente quando ele assumiu a pasta incluía “mais de 500” fornecedores e hoje “são cerca de 200”. Ao total, dos R$ 477 milhões em dívidas, R$ 100 milhões foram pagos.
O presidente da Comissão de Saúde, Neodi Saretta (PT), citou a importância da prestação de contas, que é exigida por lei. “Isso nos permite acompanhar o andamento das atividades, mas mantemos a preocupação em relação ao fornecimento de medicamentos e o atendimento dos serviços básicos para a população. Nossa expectativa é que as grandes demandas sejam atendidas, como o andamento das filas e a regularização do fornecimento de medicação.”
Dados apresentados pelo secretário indicaram que, no quadrimestre, também foi implantado um projeto de qualificação hospitalar nas unidades próprias da Secretaria, além da realização de 18.757 cirurgias eletivas no Estado e a publicação de edital para contratualização de 13 hospitais credenciados.
O deputado José Milton Schaeffer (PP) questionou se o investimento de 30% do Orçamento previsto para o ano, um total de pouco mais de R$ 4 bilhões, não seria insuficiente nos quatro primeiros meses. Zeferino argumentou que o valor foi empregado exatamente conforme o planejado para 2019.
Coordenadora da bancada feminina da Alesc, a deputada Ada de Luca (MDB) indagou se existe a Secretaria tem algum programa de acompanhamento psicológico para as mulheres vítimas de violência. O secretário disse que já existe um serviço voltado para as vítimas de estupro. “Mas é necessário avançar para outros tipos de violência. Esse é um caminho que precisa ser trilhado.”
Outro tema de grande preocupação é da epidemia de dengue em Santa Catarina. Segundo o relatório apresentado na audiência pública, o departamento de Vigilância em Saúde da secretaria tem um planejamento desenhado em parceria com as secretarias municipais. “É um trabalho para que tenhamos campanhas ativas de captação de pacientes para que eles sejam vacinados. Precisamos resgatar patamares que tínhamos há 10 anos”, disse Zeferino. Outra estratégia está sendo formatada pela área jurídica da secretaria. A ideia é fechar uma parceria com os bombeiros comunitários para fazer a fiscalização de focos de dengue em telhados, marquises e caixas de água. “Estamos preocupados com o avanço da doença, principalmente no Oeste, onde temos a maior parte dos municípios infestados”, concluiu.
