Secretaria de Estado de Saúde faz alerta sobre o risco da leptospirose
Com 367 casos de leptospirose já registrados neste ano em Santa Catarina, mais do que do que todos os casos ocorridos ao longo de 2014, a Secretaria de Estado da Saúde lança um alerta à sociedade catarinense, em especial aos municípios que vêm registrando chuvas intensas e alagamentos: o risco da leptospirose, doença oriunda da contaminação com a urina do rato, aumenta significativamente. À frente dos trabalhos de alerta realizados pela Divisão de Aves e Roedores da Gerência de Zoonoses do Estado, a bióloga Miriam Santana Ghazzi explica que a doença é causada por uma bactéria que penetra no corpo através de ferimento na pele ou até mesmo na pele saudável, após muito tempo de contato com a água ou lama contaminada pela urina do roedor.
Com sintomas muito semelhantes ao de uma gripe, como febre, calafrios, dores no corpo, dor de cabeça e principalmente dor intensa na panturrilha, Miriam sugere que as pessoas que tiveram algum contato com alagamento ou enchente devem ficar atentas aos sintomas, que podem levar até 40 dias para se manifestar. "O ideal é procurar uma unidade de atendimento de saúde para comunicar o médico sobre a situação", frisou. A profissional ressalta que é possível iniciar um tratamento antes mesmo da confirmação da doença, feita a partir de exame laboratorial de sangue, uma vez que, a doença pode levar a óbito em menos de uma semana.
Miriam destaca que pequenos - mas fundamentais - cuidados podem ser tomados para se evitar a doença. Evitar contato com a água ou lama de enchentes e alagamentos, usar luvas e botas ou sacos plásticos amarrados nas mãos e pés para fazer a desinfecção da casa, assim como descartar todo alimento que esteve em contato com a água são alguns dos principais cuidados.
Ao fazer o alerta, a bióloga salientou que, além da leptospirose, as enchentes e alagamentos acarretam outros problemas, com a chegada de possíveis animais peçonhentos, serpentes, aranhas e escorpiões que vêm em busca de locais secos, no interior das residências. "Nunca cutuque qualquer animal, por mais que ele pareça estar morto. Na maioria das vezes, não esta", alerta.
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