06/07/2012 - 18h25min
SC vai investir R$ 328 milhões no combate à miséria
Santa Catarina formalizou nesta quinta-feira (5) sua adesão ao Programa Brasil sem Miséria, do governo federal, que pretende erradicar a pobreza em todo o país. A assinatura do acordo de cooperação entre o estado e a União foi realizada no Centro Integrado de Cultura (CIC) de Florianópolis e contou com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e do governador Raimundo Colombo (PSD).
Pelo acordo, serão investidos R$ 328 milhões em projetos sociais voltados a famílias em situação de extrema pobreza. São programas de transferência de renda, de capacitação e de assistência à saúde. Segundo dados do ministério, em Santa Catarina, serão beneficiadas 102.600 pessoas, o equivalente a 1,5% da população estadual.
O principal programa é o Santa Renda, que será unificado ao Bolsa Família e beneficiará mais de 28 mil famílias, com uma renda mensal de R$ 70 por pessoa. Há ainda o Pronatec, que vai oferecer 15 mil vagas em cursos gratuitos de capacitação, o Brasil Carinhoso, voltado para crianças ente 0 e 6 anos; entre outros.
“O Estado também está concentrado em incluir essas pessoas no mercado de trabalho, investindo em projetos de geração de renda e em cursos de qualificação profissional. Assim, é possível evitar migrações para os bolsões de pobreza e o aumento da violência e da delinquência”, disse o secretário estadual da Assistência Social, Trabalho e Habitação, João José Candido.
O acordo prevê ainda a construção de cisternas para o armazenamento de água da chuva em 81 municípios catarinenses, beneficiando quase 25 mil pessoas. Serão atendidas as localidades que estavam em situação de emergência em virtude da estiagem que atingiu o Oeste, no verão passado.
Combate ao crack
Na mesma cerimônia, Estado e União assinaram acordo para implantação do programa “Crack, é Possível Vencer!”. De acordo com a ministra, estão previstas ações na área da segurança pública, da saúde e da assistência social. Uma das medidas é a instalação de um consultório de rua, que vai abordar dependentes químicos nas vias públicas e oferecer-lhes tratamento.
“Vamos trabalhar de forma conjunta e não restrita às ações de repressão ao crack. O objetivo é oferecer acolhimento aos dependentes químicos na saúde e na assistência social”, destacou Tereza. (Marcelo Espinoza, com informações de Gicieli Dalpiaz, da TVAL)