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22/11/2022 - 10h44min

SC terá um diagnóstico de câncer de próstata a cada quatro horas, diz especialista

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Médico uro-oncologista, Luís Felipe Piovesan, apresentou aos deputados da Comissão de Saúde dados sobre o câncer de próstata.
FOTO: Bruno Collaço / AGÊNCIA AL

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que, no próximo ano, Santa Catarina deverá registrar um óbito a cada 20 horas em decorrência do câncer de próstata. A mesma pesquisa antecipa que será um novo diagnóstico da doença no estado a cada quatro horas. O assunto ganhou destaque na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (22).

A convite do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), o médico uro-oncologista, Luís Felipe Piovesan, trouxe dados sobre a doença e discorreu sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoce. Segundo o especialista, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata homens no mundo.

“A prevenção é a detecção precoce do câncer de próstata. Não temos como prevenir o aparecimento da doença e diminuir o risco de ela acontecer, mas temos como identificar cedo. E é isso que muda o jogo na hora da cura do câncer de próstata. Quando é feito o diagnóstico cedo, as possibilidades de tratamento e a chance de cura são maiores”, alerta Piovesan.

Conforme explicou o médico, o câncer de próstata é uma doença que não apresenta sintomas. Por isso, homens que fazem parte dos grupos considerados de risco devem dar atenção especial para o diagnóstico precoce. “Precisamos deixar claro que o câncer de próstata não dá sintomas. Quando o paciente começa a sentir algum sintoma, é tarde demais. A doença já se espalhou para outros órgãos. Então, é preciso enfatizar que todos os homens, dentro das faixas de risco, precisam fazer exames preventivos, em especial os assintomáticos”.

Grupos de risco
A idade é considerada o principal fator de risco para o aparecimento da doença, afirmou o médico uro-oncologista. “É um tipo de tumor muito prevalente. Tanto que se diz que basta se viver o tempo suficiente para se ter um câncer de próstata, ou seja, já conseguimos destacar que um dos fatores de risco para o câncer de próstata é a idade. Quanto mais idoso, maior o risco”, explica Piovesan.

De acordo com o que falou o especialista, a Sociedade Brasileira de Urologia preconiza que todos os homens com mais de 50 anos, independente de ter sintomas ou não, devem procurar o urologista para fazer, anualmente, o exame de toque retal e o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico), que vai medir a concentração de uma enzima - caso o número esteja alto, pode indicar alterações na próstata.

“Quando os homens têm histórico familiar da doença ou são afrodescendentes, esse acompanhamento deve começar aos 45 anos de idade. São populações que têm um risco um pouco maior. E aqueles homens que têm um histórico familiar muito forte, devem começar até um pouco mais cedo, a partir dos 40 anos de idade. A orientação é não aguardar sintomas e fazer exames de rotina anualmente”, aconselha o médico.

Novembro azul
O debate sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata faz parte das ações realizadas dentro da campanha Novembro Azul. Promovido no Brasil desde 2008, o Novembro Azul tem o objetivo de sensibilizar e conscientizar a população masculina em torno dos cuidados com a saúde e a necessidade da realização dos exames de prevenção contra o câncer de próstata. O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata é celebrado no dia 17 de novembro.

Daniela Legas
AGÊNCIA AL

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