Santa Catarina terá rede de atendimento às vítimas de estupro
O atendimento intersetorial prestado à vítima de violência sexual no município de Chapecó, no Oeste catarinense, servirá de modelo para a rede de atendimento às vitimas de estupro, a ser instalada em outras 15 regiões de Santa Catarina nos próximos meses. Proposta pelo Comitê Estadual de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Doméstica e Sexual, a iniciativa da rede seguirá a referência para a formação da estrutura de atendimento respeitando a realidade de cada região.
A conquista, segundo a coordenadora de Áreas Programáticas de Gerência de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde, Carmem Delziovo, veio durante a Oficina de Capacitação ministrada este mês, na Assembleia Legislativa. Direcionada a profissionais da área da saúde, educação, assistência social, a capacitação, segundo Carmem, contribuiu positivamente com as diretrizes de encaminhamento da rede, através da troca de experiência e informação.
Com a participação de mais de 150 profissionais, entre médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, policiais, professores e conselheiros tutelares, Carmem explicou que o próximo passo é colocar em prática o atendimento da rede. Segundo a coordenadora, a experiência compartilhada por cada participante da oficina servirá de ação multiplicadora de informação em cada região de atuação do profissional. "A partir de agora vamos organizar o cronograma de implantação da rede de atendimento juntamente com as secretarias de Saúde, Segurança Pública, Assistência Social e Educação, que devem priorizar a sistematização. Com a realização de um diagnóstico por território, vai ocorrer a chamada para os serviços, onde vão ser discutidos protocolos para instituir o fluxo dos dados hospitalares ou de outras entradas, como delegacia. Nossa prioridade é fazer a vítima procurar ajuda até 72 horas, e encontrar atendimento intersetorial."
Na ocasião, Carmem informou que a rede visa integrar o trabalho da saúde, assistência social e segurança pública, promovendo um atendimento adequado para cada caso. "Existente em Chapecó, queremos promover essa ampliação, onde o servidor da saúde passa a conhecer o trabalho do profissional de assistência social e vice versa. Com um atendimento que encoraje a vítima de violência sexual a procurar o atendimento correto até 72 horas, prazo essencial para o recolhimento de material para análise."
A dirigente ressaltou ainda que ao procurar imediatamente um hospital, a vítima terá assistência da saúde para atuar na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, além de encaminhamento para a Delegacia de Polícia e Instituto Médico Legal, para que se possa identificar e responsabilizar os agressores."
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