Santa Catarina tem o maior índice de doadores de múltiplos órgãos no Brasil
O Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) classificou Santa Catarina com o melhor índice de doadores de múltiplos órgãos por milhão de população (pmp) no primeiro trimestre de 2016. O estado alcançou a marca de 30,5 doadores pmp, taxa que confirma a liderança catarinense no ranking nacional. A média do país é de 13,1 pmp.
O RBT é o veículo oficial da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O documento compila dados numéricos de doação de órgãos e de transplantes realizados por estados e instituições em períodos trimestrais. O relatório mais recente reúne as informações dos meses de janeiro, fevereiro e março de 2016.
Os estados da região Sul do país se destacaram entre as quatro maiores taxas de doação de múltiplos órgãos.
1º | Santa Catarina | 30,5 pmp |
2º | Distrito Federal | 28,8 pmp |
3º | Rio Grande do Sul | 25,2 pmp |
4º | Paraná | 22,2 pmp |
O relatório do RBT também coloca Santa Catarina em terceiro lugar no transplante de fígado (15,3 pmp), quarto no transplante de medula óssea (11,7 pmp) e quinto no transplante de rim (29,3 pmp).
Em relação às notificações de potenciais doadores, Santa Catarina ocupa a segunda colocação com a taxa de 73,3 pmp. O estado fica atrás do Distrito Federal, que tem 113,9 pmp. A média nacional é de 46,8 pmp. No relatório de doadores cujos órgãos foram transplantados, o estado possui o índice de 25,2 pmp, também atrás do Distrito Federal, com 26,1 pmp. A média brasileira é de 11,9 pmp.
Na avaliação do coordenador adjunto da SC Transplantes, Rafael Lisboa de Souza, os resultados positivos apresentados pelo estado estão associados ao desenvolvimento de um programa de capacitação continuada dos profissionais de saúde ao longo dos últimos 10 anos. “Copiamos um modelo espanhol, no qual a capacitação profissional é um ponto-chave. Isso se reflete na abordagem à família do doador no momento da perda, na identificação de potenciais doadores, no diagnóstico de morte encefálica e na manutenção do potencial doador”, disse. “A solidariedade do povo catarinense, a consciência e o nível socioeconômico também são aspectos relevantes”, acrescentou o médico.
Não doadores
O Registro Brasileiro de Transplantes apontou Santa Catarina com a segunda taxa mais baixa de não doadores, com 58%, logo atrás do Rio Grande do Sul, com 57%, enquanto a média nacional é de 72%. O dado decorre de uma soma de fatores, como recusa dos familiares, pessoas que não podem doar por contraindicação médica, parada cardíaca ou outros problemas de saúde.
Lista de espera
No primeiro trimestre deste ano já foram registrados 270 transplantes em Santa Catarina. Conforme dados da SC Transplantes, 563 pessoas aguardam na fila por um órgão. A maioria delas espera por um transplante de rim. São, ao todo, 314 pacientes.
Confira as estatísticas atualizadas da SC Transplantes aqui.
Quem pode doar
Todos podem doar órgãos e tecidos. Não é necessário deixar nada por escrito, basta comunicar a família sobre o desejo da doação. A retirada de órgãos depende de autorização familiar. Mais informações no site da SC Transplantes.
(com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde)
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