Santa Catarina começa a imunizar crianças contra hepatite A
Os postos de saúde de Santa Catarina iniciaram na segunda-feira (11) a vacinação contra a hepatite A em crianças de 12 a 23 meses. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
As crianças já recebiam as doses contra a hepatite B, e agora passam a ser imunizadas também contra o tipo A da doença, considerado menos agressivo. Porém, o quadro da hepatite A pode apresentar gastrointestinais, causando vômito, diarreia, evoluindo, nos casos mais graves, para morte por desidratação, conforme explicou Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina.
“O ciclo pode levar de 7 a 10 dias com os sintomas mais agudos. Mas também a doença pode evoluir sem apresentá-los, onde costuma ocorrer o contágio”, disse Vanessa. O fígado da criança também pode ser comprometido. “Por isso a importância da vacina”.
A doença infecciosa aguda é transmitida por meio de ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes de pessoas infectadas. O período de incubação leva em média de duas a seis semanas. Porém, neste período, já é possível a transmissão do vírus.
“Ações como lavar as mãos após a troca de fraldas, principalmente em creches, antes de ingerir alimentos ou prepará-los, são gestos simples e importantes”, alerta a gerente da Vigilância Epidemiológica. Recomenda-se ainda a higienização correta dos alimentos e o cozimento adequado.
Vanessa Silva, da Vigilância. FOTO: Solon Soares/Agência AL
Doença silenciosa
Como os sintomas são parecidos com o de uma virose comum, poucos médicos investigam a hepatite A. Por isso, não há registros precisos sobre a quantidade de doentes em Santa Catarina e no país. Mesmo assim, testes futuros acusarão a presença dos anticorpos da doença.
Em Santa Catarina, 82 mil crianças devem receber a vacina neste período de introdução no calendário regular de imunizações. No país, o Ministério da Saúde prevê a dose para três milhões de crianças.
Os pais com filhos de 12 meses a 1 ano, 11 meses e 29 dias devem levar seus filhos ao posto de saúde com a caderneta de vacinação. A dose é aplicada com injeção e não causa reações incômodas, segundo o Ministério da Saúde. As crianças podem receber a dose paralela a outras vacinas do calendário básico.
Rádio AL