Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
22/05/2018 - 13h12min

Resultado eleitoral na Venezuela repercute na tribuna da Alesc

Imprimir Enviar

A reeleição, no último final de semana, de Nicolás Maduro para mais um mandato de seis anos como presidente da Venezuela, dominou os pronunciamentos realizados na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira (22).

O tema foi inicialmente abordado pelo deputado Kennedy Nunes (PSD), que na condição de atual presidente do Bloco Brasileiro da União dos Parlamentares Sul-Americanos e do Mercosul (UPM), questionou a lisura do processo, afirmando ainda que a entidade não reconhecerá o resultado anunciado. “Como presidente da UPM, repudiamos de forma veemente esta eleição fraudulenta, movida por um regime ditatorial e louco, que persegue todos os que lhe fazem oposição por meio do terror e de impedimentos judiciais. Não concordamos com isso e não reconheceremos a continuidade desse regime falido que tanto sofrimento causa aos nossos irmãos venezuelanos.”

Ainda de acordo com o parlamentar, o pleito não obteve o reconhecimento de grande parte da comunidade internacional e do próprio governo brasileiro, só contando  com a aprovação da China, Rússia, Coreia do Norte, Bolívia, e Síria.

Em sintonia com a fala de Kennedy, Mauricio Eskudlark (PR) afirmou que o resultado eleitoral deve dar continuidade à situação de crise no país vizinho. “Hoje os venezuelanos enfrentam uma situação de ditadura, em que os únicos que têm altos salários são os militares que apoiam o governo. Já a população, enfrenta um cotidiano caótico, de fome e desabastecimento de produtos e não é por acaso que vemos milhares de pessoas com crianças no colo fugindo do país para tentar buscar algum apoio no Brasil.”

As declarações contrastaram com as do deputado Dirceu Dresch (PT), para quem o resultado do pleito decorreu da livre manifestação dos eleitores da Venezuela. “Quero parabenizar o povo venezuelano. Mesmo não sendo obrigatório, as pessoas foram votar e deram 92% de aprovação ao governo Maduro e isso não acontece por acaso. Seria importante se isso acontece também aqui no Brasil.” Ele também refutou as críticas quanto à situação econômica do país caribenho, a qual associou a um suposto boicote movido pelos Estados Unidos.

Ana Paula Lima (PT), por sua vez, pediu mais atenção dos colegas às questões internas do Brasil. “Antes de discutir sobre a Venezuela, que teve uma eleição democrática, os parlamentares deveriam estar mais atentos aos nossos problemas, como as 14,9 milhões de pessoas desempregadas, a 11ª elevação da gasolina em 17 dias, a crise do alho, do arroz ou a greve dos caminhoneiros. Estamos vendo o Brasil ir por água abaixo e é preciso que todos tenham a coragem de subir aqui [na tribuna] para discutir os nossos problemas em vez de mascarar a situação do país.” 

 

Taxa de alvará

Mauricio Eskudlark manifestou sua preocupação com relação a um projeto de lei, atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa, que trata da isenção das taxas de vistoria e renovação de alvará para pequenas e microempresas.

O parlamentar, que recentemente esteve reunido com representantes da polícia e bombeiros militares, afirmou que a iniciativa, ainda que seja válida para os empreendedores, poderá causar o enfraquecimento da segurança pública no estado. "Vamos sim incentivar o pequeno e microempresário, mas vamos cuidar para que nessa empolgação não tiremos recursos de áreas essenciais, como saúde e segurança, que já trabalham no limite dos seus recursos."

 

Leite e arroz

José Milton Scheffer (PP) foi à tribuna cobrar providências do Governo Federal com relação às cadeias produtivas do arroz e do leite, as quais, conforme o parlamentar, vêm atravessando dificuldades em função da concorrência de produtos da Argentina, Paraguai e Uruguai.

Segundo Scheffer, o desalinhamento tributário entre os países do Mercosul torna possível que os produtos dos países vizinhos cheguem ao mercado nacional a um custo menor que os seus congêneres locais. "Acho que governo precisa botar em pauta essas questões, reduzindo temporariamente os impostos dessas cadeiras produtivas, o que permitiria o comércio destes produtos em valores mais baixos."

Em aparte, o deputado Natalino Lázare (Pode), que preside a Comissão de Agricultura e Política Rural, acrescentou que as recentes altas nos preços dos combustíveis devem agravar a perda de competitividade do produto nacional. Em função disso, ele reivindicou a imposição de barreiras ao arroz e ao leite oriundos de outros países.

 

Ponte Hercílio Luz

Dirceu Dresch se disse revoltado com a forma como vem sendo conduzido o processo de recuperação da ponte Hercílio Luz, que liga o continente à Ilha de Santa Catarina. 

Conforme o deputado, desde o ano de 1990 já foram realizados 20 contratos entre o governo do Estado e as empresas responsáveis pelas obras de recuperação da estrutura, em um gasto estimado de cerca de R$ 600 milhões, sendo que a sua finalização ainda dependerá de novos aditivos.  “Não é possível que os cofres de Santa Catarina continuem sangrando recursos que faltam em tantos setores, como na saúde, no qual pessoas morrem por falta de atendimento. O dinheiro público está indo para o ralo por falta de um planejamento estratégico dos governantes que passaram por aqui e lamentavelmente vamos continuar acompanhando a situação de uma ponte que futuramente poderá ser só uma ideia para um cartão postal.”

Alexandre Back
Agência AL

Voltar