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25/10/2017 - 12h11min

Região da Foz do Vale do Itajaí pede instalação de hemocentro

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Assunto foi debatido durante a reunião da Comissão de Saúde da Alesc, na manhã desta quarta (25)

Representantes da Parlaamfri, o braço legislativo da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí, participaram da reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, realizada na manhã desta quarta-feira (25), para pedir a instalação de um hemocentro em Itajaí, com o objetivo de atender a demanda dos 11 municípios da região. Vereadores da Parlaamfri, representantes dos hospitais da Foz do Itajaí e o secretário de Saúde de Itajaí, Celso Luiz Dellagiustina, apresentaram a demanda aos deputados da comissão, à Hemosc, responsável pelo fornecimento de sangue no estado, e à Federação de Apoio ao Hemosc e o Cepon (Fahece).

O pedido para a participação dos representantes da Parlaamfri partiu do deputado João Amin (PP). Ele e o deputado Maurício Eskudlark (PR) lamentaram a ausência da Secretaria de Estado da Saúde da reunião. “Nosso objetivo é fazer uma discussão ampla sobre esse pedido da região da Foz do Itajaí e por ser uma questão política, a Secretaria da Saúde deveria estar presente”, comentou Amin,

Conforme o secretário de Saúde de Itajaí, a região já comporta a instalação de um hemocentro. Dellagiustina afirmou que os 11 municípios concentram 800 mil habitantes e contam com um hospital (Marieta Konder Bornhausen) considerado um dos maiores do Estado e com procedimentos de alta complexidade, além de vários pequenos hospitais que estão sendo vocacionados para várias especialidades.

“A região, com toda essa complexidade, não pode ficar à mercê e pedir sangue para Florianópolis e Blumenau”, afirmou o secretário. “Vidas estão sendo perdidas pela falta de um hemocentro.”

O vereador de Itajaí Calinho Mecânico (PP) disse que a população da região tem cobrado a instalação da unidade. Para ele, a Foz do Itajaí tem sido discriminada e tratada com descaso pelo Estado nessa questão.

Desnecessário
A diretora-geral do Hemosc, Denise Linhares Gerent, reconheceu que a regional de Itajaí comportaria uma unidade de hematologia e hemoterápica, mas discorda da necessidade de um hemocentro. Ela explicou que o Hemosc tem centralizado vários procedimentos em Florianópolis, com o objetivo principal de zelar pela qualidade do sangue distribuído e evitar descarte exagerado desse produto.

Denise reconheceu, ainda, que há questões relacionadas à distribuição do sangue que precisam ser melhoradas. Ela acredita que para a região de Itajaí uma opção seria a instalação de uma central de distribuição ou uma unidade de coleta avançada. “Não temos nada contra Itajaí, mas a visão que trago aqui é técnica, em respeito aos doadores e à comunidade catarinense”, disse.

A gerente executiva da Fahece, Miriam Gomes Vieira de Andrade, reconheceu que a logística é um dos grandes desafios do Hemosc, mas acrescentou que, no momento, qualquer ampliação da rede esbarra na falta de recursos. Conforme ela, só em 2016, o Estado deixou de repassar R$ 28 milhões para a fundação. “Já temos dificuldade em manter o que temos”, disse.

O deputado João Amin afirmou que o debate sobre a necessidade de um hemocentro na região de Itajaí prossegue. “Temos que aprofundar essa discussão política, com base naquilo que foi apresentado nesta reunião. Vamos à Secretaria de Estado da Saúde e ao governador, se for necessário”, disse.

Projetos aprovados
Ainda durante a reunião desta quarta, a Comissão de Saúde aprovou a realização de audiência pública, solicitada pelos deputados Ana Paula Lima (PT) e Cesar Valduga (PCdoB), para discutir a prática da enfermagem na atenção básica, diante das recentes decisões judiciais sobre o assunto. A audiência será na próxima terça-feira (31), às 9 horas, na Assembleia Legislativa.

Foi aprovada, ainda, outra audiência pública, pedida por Cesar Valduga, para tratar do caráter universitário do Hospital Regional do Oeste. O encontro será realizado em Chapecó, em data a ser definida.

Os membros da comissão também aprovaram quatro projetos de lei (PLs): 39/2016, de Cesar Valduga, que torna obrigatória a divulgação de mensagem relativa à cirurgia plástica reconstrutiva de mama; 27/2010, de Ana Paula Lima, sobre o exercício da podologia em Santa Catarina; 166/2016, do deputado Manoel Mota (PMDB), que proíbe o uso de pneus inteiros em pistas de kart, aeródromos, estacionamentos, garagens e espaços semelhantes ao ar livre; e o PL 3/2017, do deputado Neodi Saretta (PT), que institui a campanha Janeiro Branco no estado.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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