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28/06/2013 - 13h00min

Região Carbonífera pede pavimentação da SC-440, entre Urussanga e Itanema

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Audiência Pública do Orçamento Regionalizado em Criciúma. Foto: Miriam Zomer

Os participantes da 32ª audiência pública do Orçamento Regionalizado, que lotaram o Salão Negro da prefeitura de Criciúma na noite desta quinta-feira (27), decidiram incluir no Orçamento Geral do Estado para 2014 a pavimentação da SC-440, trecho Urussanga, Santana, Itanena; a reabilitação e o aumento da capacidade (duplicação) da SC-445, trecho Siderópolis, Criciúma, Içara, BR-101, Praia do Rincão; e a pavimentação da SC-442, trecho Cocal do Sul-Estação Cocal.

O Orçamento Regionalizado x R$ 9 bi para investimentos
Valmir Comin (PP) afirmou que desde o primeiro momento acreditou no Orçamento Regionalizado. “Vivemos um momento singular na história de Santa Catarina, o governo tem R$ 9 bi para investimentos, evidentemente não é dinheiro a fundo perdido, porém parte destes recursos, R$ 500 milhões, serão disponibilizados aos 295 municípios a fundo perdido e sem contrapartida”, informou. Esta circunstância, segundo Comin, favorece a execução das prioridades regionais. “Agora tem dinheiro”, brincou.

Manoel Mota (PMDB) também destacou os altos valores disponíveis para investimento em Santa Catarina. “O sonho pode ser realizado, são mais de R$ 9 bi, não precisa nem mexer na conta 100 do Tesouro. É a hora de jogarmos todos juntos, o povo quer resultados”, defendeu Mota.

José Nei Ascari (PSD) ressaltou que a missão dos deputados é ouvir as lideranças regionais. “A região precisa saber o que quer, a audiência pública tem este propósito, mas nem tudo que for priorizado vai sair do papel”, justificou. José Nei ainda destacou a unidade política do Sul do estado. “Essa também é uma condição importante para comemorarmos no futuro conquistas para a região”, declarou.

O vice-prefeito de Urussanga, Luiz Henrique Martins, que liderava numerosa comitiva de urussanguenses, pediu aos participantes da audiência para que priorizassem e aos parlamentares para que pressionassem o Executivo a executar a pavimentação da estrada que liga Urussanga a Lauro Muller, passando pela comunidade de Santana. “Façam justiça com a comunidade de Santana”, apelou o vice-prefeito, que foi atendido.

Recursos para saúde x concentração em Brasília
O prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo, argumentou que o município está gastando 32% do orçamento com saúde, quando a Constituição determina 15%. “A saúde está inviabilizando a nossa cidade, esta conta está ficando impossível de ser paga somente por Criciúma”, justificou.

Ele fez um apelo aos participantes da audiência para não esquecerem do Hospital Materno-Infantil Santa Catarina. “Já fiz este apelo ao governador Raimundo Colombo, cerca de 70% das crianças internadas na UTI são de fora de Criciúma. Ele é de fato um hospital regional, o único hospital infantil entre Porto Alegre e Florianópolis”, explicou.

Segundo Dóia Guglielmi (PSDB), o país “está vivendo uma grande ditadura financeira”. O parlamentar afirmou que 70% dos recursos ficam na União. “Mas tudo acontece aqui nos municípios, que têm obrigação de gastar 15% em saúde, mas gastam 20%, 25%, enquanto ano passado a União investiu apenas 3,8%”, lamentou o líder tucano.

Gilmar Knaesel (PSDB), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, também criticou o centralismo financeiro em Brasília, uma vez que os municípios abocanham apenas 11% do bolo tributário. “Temos a segunda maior carga tributária do mundo, somos a 6ª economia do mundo, onde está o dinheiro? Se perde na burocracia, no centralismo”, disparou.

Manifestações populares
O deputado Jailson Lima (PT), aludindo às manifestações que continuam assolando o país, argumentou que não existe democracia sem partidos, assim como tem gente boa e ruim em todos os níveis. “O povo nos elege, o povo nos tira”, profetizou. Analisando a participação popular nas passeatas, o parlamentar citou pesquisa do Ibope e afirmou que “70% nunca participou de movimento, 20% são estudantes e os outros 10% estão lá que nem boi”, comparou Jailson.

Em discurso inflamado, o parlamentar petista ressaltou que o Brasil ainda é “a quarta nação com maior nível de investimentos externos”. Ele creditou o interesse dos investidores “às garantias jurídicas que o país oferece”. Jailson defendeu veementemente a vinda de médicos e engenheiros do exterior. “As grandes periferias não têm médicos, não temos que fazer reserva de mercado para ninguém”, declarou, acrescentando que o país também precisa de 50 mil engenheiros.

Participação da região carbonífera
Prestigiaram a audiência pública os prefeitos de Criciúma, Balneário Rincão, Forquilhinha, Cocal do Sul, Nova Veneza, Urussanga, além de vices, vereadores, secretários municipais da região Carbonífera, bem como representantes da Associação Comercial e Industrial, das Associações de Bairros, da Associação dos Deficientes Físicos, da Associação dos Vitimados por Acidentes de Trabalho, todos de Criciúma, além de moradores das comunidades de Santana, Santaninha e Rio Carvão, de Urussanga.

Também compareceram técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda, da Secretaria de Estado de Planejamento, da SDR local e da Polícia Militar de Içara.

Vítor Santos
Agência AL

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