17/10/2009 - 13h40min
Rancho Vitali lança serviço de entrega domiciliar de leite na região Oeste
O bom momento do setor leiteiro incentivou o médico veterinário Lindomar Licheski do Bonfim e sua esposa, Tatiana Palma Durlo, engenheira agrônoma, a investir na área. Eles são proprietários do Rancho Vitali, um terreno de 66 hectares localizado na Barranca do Rio Uruguai, a menos de 30 minutos do Centro de Chapecó, onde têm 40 vacas leiteiras na ordenha, produzindo diariamente 800 litros do produto.
Há 15 dias eles colocaram no mercado o leite ensacado com marca própria, Rancho Vitali, e até o final do ano pretendem acrescentar queijos e iogurtes à linha, bem como itens da horticultura. O diferencial, além da qualidade – buscam a certificação de leite tipo A – está na forma de comercialização: venda porta-a-porta.
“Fui agricultor e quando saí de casa para estudar vendia leite dessa forma para custear a faculdade. Então eu já sei que há uma demanda por este tipo de serviço. Também fiz uma pesquisa e verifiquei que em São Paulo uma das maiores indústrias de leite do país vende diariamente 30 mil litros de leite neste sistema. Em Cascavel, no Paraná, há três empresas explorando a mesma forma de venda”, contou o empreendedor. Para ele, o sucesso de sua empresa virá na proporção em que se criar o hábito. “Foi a forma que encontramos para agregar valor à nossa linha de produtos, todos disponíveis para entrega domiciliar.”
Mas não é só a forma da venda que serve de atrativo. Bonfim afirma que contam também o padrão de qualidade e o fato de o leite ser totalmente natural. O rebanho, livre de tuberculose e brucelose, conforme certificação, não recebe antibiótico e é criado no pasto. E o leite, não tem conservantes. “Por isso nosso slogan é ‘Da nossa família para sua casa’. Porque é assim mesmo. O produto que entregamos é o mesmo que consumimos.”
Com esta decisão, o Rancho Vitali, que antes recebia apenas R$ 0,55 por litro, agora vende o produto diretamente ao consumidor por R$ 1,30. Quando chegar a certificação de leite A, o valor será equiparado ao do litro de leite longa vida. Por enquanto, como há excedente, parte da produção continua sendo vendida a grandes empresas do setor para beneficiamento.
O investimento inicial do casal foi de R$ 150 mil no laticínio e R$ 350 mil em rebanho e equipamentos, com ordenha canalizada, portanto sem qualquer contato manual. A expectativa é que o retorno desses valores ocorra em cinco anos, mesmo com a margem de lucro e o reinvestimento de parte do faturamento em novos negócios. “Em breve vamos organizar grupos de visitas ao Rancho Vitali e, num segundo momento, criar uma estrutura de hospedagem na linha agroturismo. Também vamos manter a nossa produção monitorada por câmeras e qualquer internauta poderá atestar a higiene do nosso sistema”, anunciou. (Andréa Leonora/Divulgação Alesc)