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30/03/2010 - 16h35min

Qualidade da educação e desmotivação dos professores são tema de debate em Chapecó

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Seminário Regional - Os Desafios da Educação Brasileira 2010 - Chapecó
Os desafios da educação brasileira foram debatidos nesta terça-feira (30), no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, com a participação de quase mil profissionais da área. O evento foi promovido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Pedro Uczai (PT), e pela Escola do Legislativo. Os temas “Desmotivação dos Professores” e “Qualidade na Educação” foram escolhidos depois de uma pesquisa feita em todo o Brasil pelo Ibope Inteligência, que identificou os principais problemas na educação do país. O objetivo do evento é debater e apontar soluções para estes problemas. De acordo com o deputado Dirceu Dresch (PT), que também participou do encontro, a grande solução para os problemas citados é a preparação permanente do profissional de educação. “Esse debate é fundamental porque mostra o nível de problema que estamos enfrentando. Não podemos permitir que a desmotivação acabe com a nossa educação”, disse. O primeiro painel, que tratou da Qualidade da Educação, teve a participação do diretor de Ensino da Udesc, professor Lourival José Martins Filho, que acredita que a atuação de cada professor é o que reflete a qualidade de educação. “Enquanto estou no espaço educativo tenho que me dedicar ao que me propus a fazer. A qualidade da educação depende de cada um de nós”, ensinou. Segundo ele, a qualidade parte do desejo de estar no meio que escolheu. “Tudo parte da intencionalidade. Quando entramos nesse barco, temos que nos dedicar. A alegria de conhecer precisa ser fomentada desde a mais tenra idade. Por isso, dedique-se!” Lourival também destacou que a qualidade da educação passa pela observação e reflexão. “A capacidade de perceber o outro é primordial. É preciso participar, planejar, estar presente”, completou. Já o segundo palestrante da manhã, o reitor da nova Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Dilvo Ivo Ristoff, afirmou que a qualidade está associada à variação e à quantidade. “Aqui no Sul do país, 40% dos nossos professores que atuam no ensino fundamental não estão na sua área específica. Esse dado tem que diminuir. Temos que oferecer profissionais qualificados aos nossos educandos.” Ele ainda disse que é preciso estimular aos professores a ficarem na escola, já que, nos últimos 25 anos, o número de professores formados deveria suprir a demanda, mas não é o que acontece porque esses profissionais escolhem outras áreas de atuação. “Em disciplinas como português e geografia há professores formados sobrando, mas em física e química temos um déficit absurdo. Há uma falta de 56 mil educadores no país nessas matérias”, completou. Como solução, Dilvo citou que é preciso melhorar a atratividade, como a implantação do piso salarial e a construção de uma política nacional de formação de professores. Desmotivação dos Professores No período da tarde, será debatida a “Desmotivação dos Professores”, considerada pelo deputado Pedro Uczai uma questão que precisa ser resolvida o mais rápido possível. Segundo o deputado, é um desafio refletir sobre esse problema. “Como podemos motivar os professores nas atuais condições? É preciso oferecer equipamentos adequados, condições decentes de trabalho e, acima de tudo, tempo para que eles possam planejar e pesquisar.” A política salarial e o plano de carreira também foram apontadas pelo parlamentares como pontos importantes a serem relevados. “Precisamos colocar em prática a política salarial. O professor precisa ser reconhecido pelo seu esforço. Outra coisa que não podemos esquecer é a formação continuada. Nosso profissional precisa ser valorizado e estar sempre preparado.” A outra palestrante é a professora e coordenadora de Mestrado em Psicologia da UEM, Marilda Gonçalves Dias Facci, que apontou como principal fator de desmotivação dos professores a precariedade na formação e a falta de valorização do profissional. “A formação do profissional está ruim. Sem contar o fato que o professor precisa de uma estrutura física mais adequada e políticas de educação que lhe tragam retorno.” Como solução, Marilda concorda com Uczai no que diz respeito à formação continuada. “O professor precisa que melhorem seu local de trabalho, que invistam na formação continuada, sem esquecer sua formação universitária que dever ser melhorada”, orientou. Em todas as palestras ministradas hoje houve a participação de um especialista na linguagem de Libras que fez a tradução simultânea para os deficientes auditivos que participaram do evento. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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