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12/09/2016 - 12h17min

Projeto Rede de Vizinhos se consolida como opção para a segurança dos bairros

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Promover a união de esforços entre a população e a polícia, em prol do aumento da segurança pública. Esta é a proposta do projeto Rede de Vizinhos, que vem se espalhando pelos bairros e comunidades de diversos municípios catarinenses.

A iniciativa é inspirada no modelo de prevenção à criminalidade conhecido como vigilância de bairro (Neighborhood Watch), surgido na década de 1960 nos Estados Unidos, nos quais residentes, comerciantes e membros de entidades civis se organizam, em redes de vigilância e com o apoio da polícia, para observação e proteção do território contra condutas criminosas ou ilegais.

Atualmente, somente na capital do estado, já há 42 destas redes em funcionamento, algumas delas ainda sob a denominação antiga, de Vizinhos Solidários. Este é o caso da implantada na Vila da Cruz, localizada no bairro Rio Tavares e considerada pela Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC) referência em termos de vigilância comunitária.

A iniciativa na região remonta a abril de 2015, quando um grupo de moradores, assustados com o elevado número de furtos e arrombamentos de casas, resolveu se unir e passar a atuar mais diretamente para a preservação da segurança local. Sob a orientação da polícia, foi então criada uma rede de vigilância comunitária, integrada por cerca de 200 pessoas, que dividem entre si a responsabilidade pela fiscalização das ruas da Vila, destaca João Paulo Nunes de Moraes, um dos organizadores da iniciativa. “Sempre que algum de nós observa a invasão a uma residência, ou mesmo uma pessoa em atitude suspeita, emitimos um alerta, que pode ser feito por meio dos nossos grupos de Whats App e Facebook, dos quais representantes da polícia também participam, ou mesmo por apitos. Também espalhamos cartazes e adesivos pela vila para divulgar a todos sobre a realização do monitoramento.”

Periodicamente, disse, também são promovidas palestras com agentes da PM-SC, nas quais são repassadas informações sobre como aumentar o nível de segurança das residências e aprimorar o sistema de vigilância.

A união de esforços, ressalta Margarete Crepaldi, também fundadora do grupo, tem apresentado resultados surpreendentes. “Chegamos a ter mais de 50 ocorrências policiais por mês e desde que o projeto foi implantado, elas passaram para apenas cinco. Coincidentemente, em casas de pessoas que ainda não tinham aderido à iniciativa.”

Coordenador da Rede de Vizinhos junto à PM-SC, o tenente Caio Miranda destaca que qualquer comunidade pode participar do projeto, bastando que os interessados em implementá-lo procurem a unidade da corporação mais próxima.

Ainda de acordo com Miranda, o sucesso da iniciativa vai depender fundamentalmente do grau de engajamento das pessoas envolvidas na constituição da rede. “Um dos requisitos principais e que ressaltamos logo no primeiro encontro é que as pessoas devem estar motivadas e serem proativas, pois o que comprovadamente apresenta mais resultados positivos não é a vigilância feita pelo poder público, mas sim a promovida pela própria população.”

Alexandre Back
Agência AL

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