Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
10/12/2019 - 12h59min

Projeto quer zerar lixo orgânico em gabinete da Alesc

Imprimir Enviar
Professor Germano Güttler, do CAV/Udesc, de Lages, explica o processo de compostagem

A partir desta terça-feira (10), a Assembleia Legislativa passou a contar com um projeto que pretende zerar a produção de lixo orgânico. A iniciativa começou no gabinete do vice-presidente deputado Mauro de Nadal (MDB), num trabalho em parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), localizado em Lages, no Planalto Serrano.

Uma jardineira foi instalada na laje do Palácio Barriga Verde para receber os resíduos orgânicos do gabinete do deputado. De acordo com o parlamentar, a ideia é demonstrar na prática o funcionamento do projeto e aproveitar tudo que é orgânico. “O objetivo é, nesse espaço que temos aqui na Assembleia, demonstrar como funciona e reaproveitar tudo isso por meio do plantio de uma hortaliça, de uma flor”, explicou o vice-presidente. “Este trabalho experimental aqui na Assembleia vai servir como base para a gente divulgar em todos os gabinetes e buscar a adesão dos nossos colegas deputados com suas equipes de trabalho.”

O passo seguinte é promover uma série de reuniões, começando por três municípios do Extremo-Oeste – Dionísio Cerqueira, Cunha Porã e Cordilheira Alta – para um trabalho de conscientização que vai levar a ideia a escolas municipais e estaduais da região. “Porque o grande divulgador e maior beneficiário deste projeto é o aluno, que vai levar este experimento para casa e lá fazer todo o aproveitamento deste lixo orgânico”, afirmou Nadal. “Este é o nosso objetivo, eliminar o lixo orgânico que vai para os aterros e outras destinações e fazer dele algo rentável.”

Tecnologia social
O chamado “Método Lages de Compostagem” foi desenvolvido pelo professor Germano Güttler, do CAV, em 2010. As vantagens, segundo o criador do método, são o custo baixo e simplicidade . “É um sistema extremamente barato, muito simples e que a gente chama de tecnologia social, ou seja, qualquer pessoa – não precisa ser agrônomo, não precisa ser biólogo – aprende muito rapidamente e imediatamente vai dar destino correto aos resíduos orgânicos de casa e do local de trabalho, sem nenhuma preparação mais complexa”, garantiu o professor, que classifica o projeto como “a solução definitiva para os resíduos orgânicos das cidades do Brasil”.

Güttler explicou que uma das diferenças deste método para as composteiras tradicionais é que este não serve somente de adubo para o plantio de alimentos. “A horta é a própria compostagem, o canteiro é a compostagem. E é por isso que ele é muito fácil de ser feito. Hoje fizemos numa jardineira, mas ele pode ser feito no chão. Ninguém precisa usar pá ou enxada, ninguém vira terra.”

Ele também aponta a economia de água como uma vantagem. “À medida que ele vai compostando, com 20 a 30 dias ele forma uma capa de húmus muito grossa e aquilo tem uma retenção de água muito grande – então não precisa molhar.”

Exemplo
Para o reitor eleito da Udesc, Dilmar Baretta, a iniciativa do gabinete do deputado Mauro de nadal pode servir de exemplo não apenas aos outros setores da Assembleia, mas também para instituições de ensino superior e, em especial, as escolas dos municípios. “Tenho certeza de que esse projeto vai continuar em outras regiões e se expandir por todo o Estado. Essa é a perspectiva da universidade, por meio do trabalho do professor Germano, levando este método para todas as escolas.”

 

Voltar