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Programa Antonieta de Barros será divulgado em municípios da região Norte
A Coordenadoria de Estágios Especiais da Assembleia Legislativa, com o apoio do deputado Sandro Silva (PPS), planeja a realização de encontros em cidades da região Norte catarinense para a divulgação do Programa Antonieta de Barros (PAB). A iniciativa busca envolver movimentos sociais e sensibilizar os poderes Legislativo e Executivo municipais. A proposta surgiu em reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira (3), durante a apresentação do programa às lideranças políticas de Joinville Jonas José Luiz e Vladimir Marcos Candido.
Conforme acordado, a ação deve ter início no mês de abril. A coordenadora de Estágios Especiais da Assembleia Legislativa, Marilú Lima de Oliveira, ressaltou que deve ocorrer em duas etapas. Inicialmente, o contato será feito com os movimentos sociais locais. Em seguida, o programa será apresentado a prefeitos e presidentes de câmaras municipais. “O PAB completa neste ano uma década de existência. É um sucesso, é reconhecido, mas precisamos de apoio para levar a mensagem do programa adiante”, disse.
O deputado Sandro Silva destacou a importância da divulgação do PAB pelo estado. “Vamos levar essa experiência de sucesso para cidades como Joinville, Araquari e São Francisco do Sul, na tentativa de implantarmos programas semelhantes em prefeituras e Câmaras de Vereadores. Queremos oportunizar estágios aos jovens dessa região, propiciando condições necessárias para desenvolverem suas potencialidades”.
O programa
O PAB é uma iniciativa inédita no país, que oferece oportunidade de trabalho e renda aos jovens entre 16 e 24 anos, em situação de vulnerabilidade social. Instituído pela Lei 13.075, ele presta homenagem à professora Antonieta de Barros, primeira mulher negra a ocupar uma cadeira no Parlamento catarinense. Preocupada com a educação pública e gratuita, Antonieta reivindicou melhorias na qualidade de vida das mulheres e instaurou o debate racial no espaço institucional.
PAB em números
Desde 2004, 251 jovens já passaram pelo programa, sendo 60% mulheres e 40% homens. Os negros representam a maioria, totalizando 74%. Cerca de 60% dos estagiários têm menos de 18 anos quando ingressam no programa e 70% estão cursando o ensino médio. Mais de 70% dos jovens têm renda familiar de até um salário mínimo e 5% não têm renda alguma. Em média, 10% dos estagiários já é pai ou mãe e 5% têm algum tipo de deficiência física.
Rádio AL
