Profissionais de saúde promovem conscientização sobre doação de órgãos
Santa Catarina se manteve na liderança no ranking nacional de doadores de órgãos, no primeiro semestre, com 27,8 doadores por milhão de população, enquanto a média nacional é de 12,4. Neste sábado (27), Dia Nacional de Doação de Órgãos, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da SC Transplantes, promove evento de sensibilização da população sobre a importância da doação de órgãos. Profissionais da área da saúde vão fazer panfletagem e conversar com os cidadãos, a partir das 9 horas, no Parque de Coqueiros.
Médico intensivista da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de São José (HRSJ), Eduardo Jardim Berbigier, que também é coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott), explica que para atingir bons resultados, as comissões intra-hospitalares precisam atuar em três frentes, alcançando eficiência no diagnóstico de morte cerebral, na preservação dos tecidos e na conscientização das famílias.
Nos últimos anos, houve bastante investimento na capacitação dos profissionais de saúde, conforme Berbigier, o que possibilitou mais agilidade nos diagnósticos e aumento da captação de doadores. No HRSJ, o número de doadores de órgãos com diagnóstico de morte cerebral passou de 4, em 2012, para 16, em 2013. Até julho de 2014, a instituição já havia registrado dez doações. Cada doador (no caso de morte cerebral) pode beneficiar no mínimo três e no máximo oito pessoas.
Outra modalidade de doação, em caso de morte por parada cardíaca, permite a captação de córneas, ossos e pele. Em Santa Catarina, funciona basicamente a captação de córneas, nesses casos. O Banco de Olhos do HRSJ realiza, em média, 15 a 20 coletas de córneas por mês na região metropolitana da Grande Florianópolis.
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A atividade de sensibilização programada para sábado, no Parque de Coqueiros, é uma iniciativa para conscientização sobre a importância da doação de órgãos, que se concretiza somente com autorização familiar. “É importante oferecer informação para facilitar o entendimento e a decisão autônoma das famílias”, defende Berbigier. Ele considera essencial que as pessoas conversem com os familiares e manifestem a vontade de serem doadoras de órgão. “Se houver algum registro em cartório dessa decisão, melhor ainda, porque a família não precisará escolher, apenas respeitar a decisão”.
Agência AL