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04/07/2018 - 17h56min

Professor do Cedup de Blumenau denuncia fechamento de vagas

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Professores da rede pública acompanharam a sessão

De 5 mil a 6 mil pessoas podem ter o acesso ao ensino profissional negado em Santa Catarina no segundo semestre de 2018. A denúncia é do professor Hélcio Liesenberg, do Centro de Educação Profissional (Cedup) de Blumenau. A manifestação da tribuna foi autorizada pelos parlamentares durante a sessão ordinária desta quarta-feira (4).

"Como vamos aumentar a arrecadação de impostos em Santa Catarina se não qualificamos nossos jovens? O ensino técnico é a única forma de melhorar a condição de vida de muitas pessoas. O Cedup de Blumenau tem um laboratório de informática para 500 alunos e o Cedup de Rio do Sul não foi aberto porque nenhum profissional aceita o salário de miséria que recebemos", protestou Hélcio.

O professor também lamentou a situação da categoria no Estado. "Negar licença-prêmio aos professores é desvalorizar ainda mais um grupo que já se encontra extremamente doente, onde muitos vivem à base de antidepressivos. A política de reenturmação da Secretaria de Educação vai lotar ainda mais as salas de aula."

Inclusão social
Para o deputado Serafim Venzon (PSDB), a atitude da secretária estadual de Educação, Simone Schramm, de fechar inscrições dos Cedups merece o repúdio do Parlamento. "Lembro o professor Hélcio e os professores presentes que na próxima semana vamos votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2019 e precisamos ficar atentos nos programas de inclusão social, como o ensino profissional. Em 2017 apenas 0,2% do orçamento foi destinado para este fim, mesmo assim este total não foi gasto."

Moção
Durante a Ordem do Dia da sessão desta quarta-feira, os deputados aprovaram por unanimidade uma moção manifestando contrariedade ao governador do Estado e à secretária de Estado da Educação pela suspensão das matrículas nos Cedups. A moção é de autoria da deputada Ana Paula Lima (PT).

Parlamentares de vários partidos com bancada na Assembleia declararam apoio à moção, criticaram a atitude da Secretaria de Estado de Educação de suspender as matrículas nas unidades de ensino profissionalizante e pediram ao governador Eduardo Pinho Moreira e à secretária Simone Schramm a revogação da medida, sob a alegação que a educação não deve ser alvo de corte de gastos.

Rubens Vargas
Agência AL

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