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13/03/2015 - 12h15min

Produtores festejam colheita de uvas de altitude na Alesc

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Solenidade de lançamento da 2ª Vindima de Altitude FOTO: Solon Soares/Agência AL

Produtores de uvas de altitude do Planalto Serrano e do Vale do Rio do Peixe celebraram a colheita de uvas na noite desta quinta-feira (12) no Hall da Assembleia Legislativa. “Um momento especial para todos nós, coroa o esforço de um ano inteiro, é na época da colheita que vamos saber se a uva é boa, se vai ser possível fazer um bom vinho”, descreveu Acari Amorim, da Associação Catarinense de Produtores de Vinhos de Altitude (Acavitis).

Os produtores também comemoram a qualidade da safra 2014. “Muito boa, quase excepcional, a melhor dos últimos anos, choveu um pouquinho no final, mas não comprometeu, vamos colher 1,5 milhão de toneladas, um incremento de 25% em relação a 2013”, informou Amorim.

O secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Filipe Melo, lembrou que a vindima (como se chama a colheita da uva) se transformou em evento turístico no mundo inteiro. “O enoturismo está entre os três setores do turismo mundial que mais crescem, o primeiro é o turismo de eventos, o segundo, de negócios, e o terceiro é o enoturismo, baseado no universo do vinho”, reconheceu o secretário, que informou que a Embratur “também vai comprar vinhos catarinenses para servir nas festas oficiais no Brasil e no exterior”. 

Gabriel Ribeiro (PSD) elogiou a determinação dos produtores. “O setor gera 2 mil empregos diretos e nesta safra serão produzidas cerca de um milhão de garrafas. São vinícolas com pouco mais de uma década de existência e já produzem vinhos excelentes”, argumentou Gabriel, que convidou os catarinenses a visitar a Serra e acompanhar a programação da 2ª Vindima de Altitude, de 26 a 29 de março, em São Joaquim, mas com atividades em outros oito municípios. “Vamos visitar a Serra, até para aprender a diferença entre um Cabernet e um Merlot”, justificou o representante de Lages.

Para Acari Amorim, a 2ª Vindima não será uma festa comum, mas um evento cultural envolvendo nove cidades. “O Balé Bolshoi se apresentará no meio do vinhedo da Vinícola Pericó, depois na praça pública de São Joaquim e em Água Doce haverá o Concerto da Vindima”, destacou o dirigente empresarial, acrescentando que as vinícolas oferecerão passeios, degustações, além do cardápio típico de cada cidade.

Lugar propício
O dirigente da Acavitis explicou que na Serra catarinense se encontram as duas condições essenciais para a produção de um bom vinho: solo e clima. “O solo é pedregoso e a parreira atinge profundidade para obter sais minerais. Além disso, temos a inversão térmica, com noites frias para fazer com que a parreira descanse e prolongue o ciclo de amadurecimento”, ensinou.

Amorim também contou que pelo menos 5% da produção, ou seja, 75 mil quilos, são perdidos anualmente. “Dividimos a colheita com nossos sócios, as abelhas”, brincou o produtor, completando que outros insetos e pássaros também comem a uva e que as perdas podem atingir até 10% da safra. “Plantamos girassóis em torno do parreiral para atrair as abelhas para minimizar as perdas”, declarou.

In vino veritas
Segundo os romanos, no vinho estava a verdade. Com este espírito, a reportagem da Alesc provou um corte de cabernet sauvignon, merlot e sangiovese, safra 2008, da Quinta da Neve, de São Joaquim. A experiência se revelou gratificante. Um vinho equilibrado, agradável ao paladar, ideal para acompanhar pratos típicos da Serra, como uma paçoca de pinhão, com salada de rúcula, alface e tomate, temperados com gotículas de mel.

Vítor Santos
Agência AL

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