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29/05/2024 - 13h24min

Produtores de Sombrio querem flexibilização de lei para trânsitos de máquinas agrícolas

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Audiência foi realizada na Câmara de Vereadores de Sombrio nesta terça-feira (28). Foto: Agência AL

Com o desafio de buscar a flexibilização do Código Brasileiro de Trânsito, para a possibilidade criteriosa da livre circulação de máquinas agrícolas nas rodovias estaduais e federais, aconteceu em Sombrio, no Sul catarinense, nesta terça-feira (28), a 4ª audiência pública promovida pelo Parlamento, que reuniu autoridades políticas, da segurança pública, produtores rurais e populares que lotaram a Câmara de Vereadores do município.

A iniciativa da Comissão de Agricultura e Política Rural foi proposta pelo deputado Oscar Gutz (PL), que informou que no final deste ciclo será elaborado um relatório, com um diagnóstico efetivo e conclusivo dos debates. “Esse relatório será remetido para  diversos órgãos federais e para a Frente Parlamentar Catarinense em Brasília”, reiterou. 

O parlamentar afirma que além de Santa Catarina, outros estados brasileiros estão envolvidos nessa pauta. “Todos os estados que têm o agronegócio como motor da economia estão levantando essa bandeira. Queremos que Brasília escute nossos agricultores que estão tendo seus tratores apreendidos ou multados porque transitam nas estradas. Claro que tem que ser normatizado. Por isso, queremos que esse debate chegue em Brasília”, destacou o parlamentar.      

Assunto urgente

A prefeita municipal de Sombrio, Gislaine Cunha, demonstrou preocupação com o trânsito desse tipo de veículos pelas rodovias da região, mas disse que esse é um assunto urgente e  que tem  que ser tratado de forma conjunta e com responsabilidade.

“É um tema que preocupa os gestores públicos municipais e que impacta toda a região”, observou. Ela pondera que a maioria das rodovias que cortam o Estado tem acostamentos reduzidos o que dificulta ainda mais o trânsito das máquinas agrícolas. “ Ainda temos ciclistas transitando nesses acostamentos o que aumenta ainda mais a preocupação. As máquinas precisam transitar, mas com critérios. Temos que avançar e decidirmos com responsabilidade e coerência”, avaliou. 

Evasão rural

Os produtores rurais alegam que atualmente precisam percorrer trajetos secundários ou dependem de transporte em carretas especiais para deslocarem seus maquinários e equipamentos pesados entre as áreas de cultivo. Essa situação, citada por eles,  impacta de forma negativa na produtividade e a competitividade, já que, muitas vezes, as estradas secundárias não têm boas condições e os trajetos são mais longos. O presidente da Câmara de Vereadores de Sombrio, que também é produtor rural, Ademir Cardoso, destacou que com a mecanização do trabalho no campo, muitos jovens acabam desistindo do ofício por conta de dificuldades como essa.

“É um debate muito importante ainda mais para a nossa região, a Amesc, que tem uma economia essencialmente agrícola, com foco na fruticultura. Nossos agricultores estão nos cobrando a respeito desse assunto. Eles defendem mudanças na lei federal. É preciso revê-la”, afirmou categoricamente.  

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Sombrio e Balneário Gaivota, Angelo Duarte, concordou com Cardoso ao admitir que a discussão é positiva, principalmente para garantir a segurança nas rodovias estaduais e federais. “Tem que regularizar essa situação. Pois o trânsito de máquinas agrícolas nas rodovias é perigoso, mas necessário”, ponderou.

Esse debate já percorreu os municípios de Campos Novos, Papanduva,  Abelardo Luz e chegou essa semana em Sombrio. A última audiência pública sobre o tema está agendada para o dia 07 de Junho, em Ituporanga, no Alto Vale.

Com informações de Thiago Toscani

Valquíria Guimarães
Agência AL

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